Monitoramento do Pulgao-do-Pinus e seu controle com aplicaçao de Imidacloprid

Abstract

A presença de pulgões do gênero Cinara em plantios de pinus foi detectada no Brasil em 1996 pela equipe da Embrapa-Florestas. Atualmente, estes insetos estão distribuídos em todos os estados brasileiros que cultivam esta monocultura, e a mortalidade de mudas no plantio é um dano bastante significativo. Entre as necessidades básicas para o "Manejo Integrado", está a determinação do nível de infestação da praga, que pode causar prejuízos em campo. No caso específico do pulgão-do-pinus, os danos provocados às mudas requerem a utilização de urna medida preventiva que impeça o estabelecimento destes insetos, sendo a alternativa mais viável para este fim a utilização de inseticidas. Porém, estes não devem afetar a cadeia de inimigos naturais, além de serem compatíveis com outros parâmetros ambientais e econômicos. Para tanto, a seleção de inseticidas é também urna tarefa fundamental para a viabilidade da utilização desta estratégia de controle. Assim, este trabalho concentrou-se nestas premissas básicas, tendo os seguintes objetivos: a) determinar a viabilidade da molécula Imidacloprid no controle do pulgão-do-pinus; b) desenvolver um método de monitoramento para o pulgão-do-pinus; c) determinar a influência da infestação sobre o crescimento de Pinus taeda L.; d) avaliar a viabilidade do gel condicionador de solo corno veículo para aplicação da molécula Imidacloprid em mudas de raiz nua. A metodologia consistiu em um teste de campo, com delineamento experimental em blocos ao acaso, com 3 tratamentos (Imidacloprid na forma de rega; Imidacloprid associado ao gel condicionador de solo; Testemunha) e 6 repetições. A infestação foi avaliada através dos índices "Infestação Inicial (II%), Infestação Corrente (IC%) e Infestação Total (IT%)", cuja precisão ocorreu em função do número de plantas atacadas por parcela, e os dados foram comparados às avaliações de crescimento em altura e diâmetro de colo das plantas. Em função dos resultados obtidos, concluiu-se que: Os tratamentos com Imidacloprid foram viáveis para o controle do pulgão-do-pinus; As duas formas de aplicação de Imidacloprid em viveiro (T1 e T2) promoveram urna proteção residual de 80 dias em campo, fazendo com que as colônias do pulgão-do-pinus não se desenvolvessem neste período, detectado pelo índice IC; A dissipação de Imidacloprid no campo ocorreu entre 80 e 120 dias. Após este período, os tratamentos não exerceram influência na infestação; As duas formas de aplicação de Imidacloprid em viveiro (T I e T2) não impediram a ocorrência inicial do pulgão-do-pinus nas plantas, detectado pelo índice II; Os níveis de infestação detectados na área experimental nos primeiros 120 dias não foram suficientes para promover diferenças significativas no crescimento em altura e diâmetro de colo, detectado pelo índice IT; Os métodos de monitoramento da infestação puderam ser utilizados para demonstrar o efeito do pulgão-do-pinus no crescimento das plantas; O gel condicionador de solo foi viável corno veículo de absorção de Imidacloprid em mudas de raiz nua

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