Artropodes associados a bracatinga (Mimosa scabrella Benth.)

Abstract

O trabalho proposto teve como objetivo o estudo do interrelacionamento de artrópodes num ecossistema de Mimosa scabrella Benth. (bracatinga), incluindo os artrópodes do solo em três comunidades de bracatinga, métodos de coleta, aspectos etológicos de Oncideres impluviata e conservação de madeira de bracatinga dentro do ecossistema florestal. Fez-se o levantamento, caracterização, delimitação e flutuação dos artrópodes associados aos estratos de três comunidades florestais de bracatinga de diferentes idades, com levantamentos quinzenais no período de 1983 a setembro de 1984 no município de Almirante Tamandaré, Paraná. A melhor unidade amostral para a coleta dos artrópodes do solo foi a de 5 cm de diâmetro x 5 cm de profundidade. Para copas, a rede de varredura, modificada, apresentou os melhores resultados quanto à eficiência e praticabilidade, permitindo a determinação de uma equação de regressão para calibração do método. O comportamento de corte de O. impluviata foi dependente da idade da planta, alcançando um máximo em plantas de seis anos de idade. Inicialmente a intensidade de corte seguiu uma distribuição segundo o modelo de Poisson, passando, com de planta, à binomial negativa. O diâmetro e o comprimento dos galhos cortados aumentaram com a idade da planta. A postura está em função do volume do galho e o número de incisões depende da sua idade. Em laboratório o período pupal foi de 21,43 ± 0,54 dias. O nível de parasitismo das larvas foi inferior a 10% no material coletado, enquanto que a predação foi superior a 25%. O. impluviata apresentou duas gerações anuais. A madeira com casca favoreceu o ataque de insetos e sofreu interferências nas suas propriedades físicas, prejudicando o seu armazenamento artrópodes de copa foram semelhantes nas três comunidades, variando com as estações do ano. A espécie Sibinia vatricosa, além dos gêneros Colaspis, Lactica, Apion, Promecops, Phytocoris, Proba e Heterospsylla, foi a mais freqüente, constante, abundante e dominante nas três comunidades. Os artrópodes dos qualitativamente diferenciados, destacando-se como as espécies mais freqüentes, constantes, abundantes e dominantes, Collaria oleosa, Versigonalia ruficauda, Macugonalia tribunicia e Balduta robusta, além dos gêneros Altica e Colaspis. Houve um decréscimo do número de artrópodes em relação à idade das comunidades de copas e de sub-bosques, predominando maior número nas copas. O número de artrópodes do solo cresce em função da idade da cobertura vegetal e em relação inversa ao aumento da profundidade. A fauna de artrópodes nas três comunidades mostrou um comportamento dependente de alguns fatores meteorológicos e sua ação está interrelacionada com as características das copas e dos sob-bosques

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