A atuação do enfermeiro no gerenciamento de materiais em hospitais de ensino do Paraná

Abstract

Resumo: Este trabalho tem por objetivo apresentar o contexto de inserção do enfermeiro no gerenciamento de materiais nos hospitais de ensino do Paraná; descrever as atividades por ele desenvolvidas neste processo; identificar as competências requeridas para o gerenciamento de materiais e como elas são desenvolvidas. Foram entrevistados oito enfermeiros atuantes no gerenciamento de materiais de seis Hospitais de Ensino do Paraná. Para análise das falas dos participantes da pesquisa utilizou-se a análise de conteúdo temática proposta por Bardin. Durante a realização da pesquisa os aspectos éticos foram respeitados conforme os preceitos da Resolução 466/12. As categorias temáticas extraídas foram: Contexto de atuação do enfermeiro do GM; Atividades desenvolvidas pelo enfermeiro do GM; Competências requeridas do enfermeiro para atuação no GM e Desenvolvimento de competências para o GM. Entre os resultados verificou-se que a inserção do enfermeiro na atividade ocorre de maneira não programada, mas correlacionada ao conhecimento do profissional sobre os materiais e a experiências prévias no seu uso. Identificou-se a atuação do enfermeiro nas etapas de programação, compra, armazenamento, distribuição e controle; com destaque para as atividades de elaboração de projetos para a captação de recursos, que o possibilita integrar instâncias mais elevadas do planejamento; e a educação permanente da equipe, pelo atendimento a missão dos hospitais de ensino de formar e capacitar recursos humanos em saúde. Para o desempenho destas atividades observou-se o emprego das competências de Planejamento e Organização, Gestão de recursos e Trabalho em equipe. Estas foram desenvolvidas pelos profissionais por meio das experiências prévias na prática profissional e da experiência em atividades afins ao GM, motivadas pelo interesse pessoal e sob reforço da educação permanente e do contato com outros profissionais. Entende-se que o enfermeiro do GM abriu canais de comunicação para a construção de um gerenciamento de materiais mais participativo, o que reitera o papel da equipe técnica assistencial como sujeito das ações e aproxima-os de outras instâncias da administração dos hospitais de ensino. Além de imprimir ao processo organização e planejamento, a sistematização das ações avaliativas de produtos e de controle dos recursos durante o seu uso confere maior credibilidade ao trabalho junto aos profissionais que fazem uso dos materiais e dos fornecedores

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