Do preto-e-branco papel à aquarela impura do tempo : ressignificações da arquitetura modernista na história de Brasília

Abstract

Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2013.Este trabalho discute a história de uma forma específica de ocupação do espaço da cidade de Brasília definida como arquitetura modernista. Argumentamos que o espaço físico de uma cidade é social e, portanto, passível de ressignificações simbólicas ao longo do tempo. Para operacionalizar tal acepção, pautamo-nos no conceito de prática cunhado por Louis Althusser. Tratamos, assim, de buscar as alterações de significados sociais da arquitetura modernista na história de Brasília. Primeiramente, identificamos os antecedentes que possibilitam o surgimento da forma de ocupação do espaço. Nesta busca das origens, selecionamos os discursos de uma arquitetura modernista de um governo desenvolvimentista. Traçamos algumas possíveis aproximações e distanciamentos dos dois discursos selecionados, bem como identificamos suas filiações teóricas. Posteriormente, confrontamos o desenvolvimento factual da cidade com as premissas da cidade planejada através de dados socioeconômicos e do relatório Brasília Revisitada. Argumentamos, por fim, que a interpretação da história da cidade de Brasília não pode resumir-se aos itens contidos no plano original da cidade, uma vez que esta está em constante processo de ressignificação

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