Sequestro florestal de carbono e avaliação de resiliência : o caso do incêndio no Parque Nacional de Brasília em 2010

Abstract

Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Curso de Ciências Ambientais, 2013.O objetivo desse trabalho foi avaliar o grau de severidade da queimada e o sequestro de carbono perdido com a queimada ocorrida na Unidade de Conservação (UC) no Parque Nacional de Brasília – PARNA Brasília, no ano de 2010. Devido à grande área queimada no PARNA, houve o interesse de valorar o dano e o quanto a sociedade perdeu de benefício causado pela queimada. Para a determinação do grau de severidade, utilizaram-se índices de quantificação de biomassa antes e depois da queimada, como o índice de queimada por razão normalizada (NBR), o índice diferenciado de queimada por razão normalizada (dNBR) e o índice relativo diferenciado de queimada por razão normalizada (RdNBR). O RdNBR apresentou-se mais satisfatório em relação ao dNBR, pois levaram-se em consideração as queimadas nas formações arbóreas. O sequestro de carbono perdido pela queimada foi comparado antes, depois da queimada e na rebrota pelo índice CO2flux. A relação entre a severidade e o sequestro de carbono também foram feitos por meio das imagens de pré-fogo, pós-fogo e da rebrota e a comparação temporal do CO2flux. O método de valoração utilizado foi o método de custo reposição. Como resultados o trabalho comprovou a eficiência do índice RdNBR para medir o grau de severidade de queimadas. As relações espaciais dos transectos obtidos sobre as diferentes classes de severidade antes, após a queimada e na rebrota mostraram coerência. As regressões obtidas estiveram dentro do esperado, sendo baixa a relação antes da queimada, alta após, e menor na rebrota. Todas as relações obtidas foram inversas, mostrando que o sequestro é menor nas áreas de maior severidade, o que denota que a biomassa seca do estrato herbáceo, que tem a água como limitante, é a porção mais severamente afetada pela queimada. E em relação à valoração, observou-se que é mais viável economicamente deixar a vegetação se recuperar de forma natural. Novos estudos devem ser incentivados para melhorar a percepção sobre severidade de queimadas, o sequestro de carbono e a rebrota visando monitorar e gerenciar possíveis efeitos do fogo no cerrado e o quanto se perde em termo de benefícios sociais com seus danos

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