Associação do ácido acetilsalicílico aos extratos de Moringa olifera, de Mandevilla velutina e da própolis de Apis mellifera na fase aguda da doença de chagas experimental

Abstract

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas GeraisTrabalho de Conclusão de Curso (Graduação)A doença de Chagas é uma das mais importantes infecções de algumas regiões de países da América Central e Sul, em virtude de sua alta incidência e repercussão sócioeconômica. Apesar dos esforços ainda não foram descobertas vacinas ou drogas eficazes contra essa doença. É sábio que grande parte da população de países em desenvolvimento faz uso de plantas e derivados de vegetais para o tratamento de diversas moléstias. A Mandevilla velutina, a Moringa oleifera e a própolis de Apis mellifera demonstraram eficácia no tratamento de camundongos infectados com Trypanosoma cruzi. Recentemente foi descoberto que a Aspirina® (Bayer) tem aplicação terapêutica no controle da Doença de Chagas. O trabalho investiga o efeito da associação do AAS aos extratos destes produtos naturais, in vitro, no tratamento e pré-tratamento, via oral e intraperitoneal, de camundongos infectados experimentalmente com T. cruzi (cepa Y). O Extrato Bruto Liofilizado (EBL) dos produtos naturais obtidos em Uberlândia/MG e o AAS foram ressuspendidos em PBS (Tampão Fosfato-salina). para cada extrato organizou-se experimentos com camundongos machos da raça Swiss, infectados com 50.000 tripomastigotas, os quais receberam tratamento por 10 dias de AAS, EBL, AAS + EBL e salina, em intervalos regulares de 24 horas. O pré-tratamento iniciou-se 7 dias antes da infecção e continuou por 10 dias. A parasitemia foi determinada do 6° ao 9° dia pós-infecção. Nos experimentos in vitro, todos os lotes com associações demonstraram atividade tripanomicida. A dose de 50mg/kg de AAS e os extratos reduziram a parasitemia em torno de 50%. No tratamento via oral a melhor dose foi de 10mg/kg de AAS e 77mg/kg de EBL da própolis com 73% de redução parasitêmica e sobrevida de 80% dos animais experimentais. Os ensaios de pré-tratamento v.o indicaram que a Aspirina® não é eficiente em tratamentos longos, acarretando a mortalidade de 100% dos animais infectados. Nesse teste, a mistura de AAS mais M. oleifera obteve 84% de redução parasitêmica e sobrevida de 40% dos camundongos tratados, já associação de M. velutina ao AAS reduziu a parasitemia 53% em relação ao controle que recebeu somente AAS e resultou em 80% de sobrevivência dos animais infectados. Com base nos resultados encontrados, sugere-se que algumas associações de AAS nos extratos dos produtos naturais em baixas doses individuais potencializaram o tratamento e aumentaram a sobrevivência dos camundongos infectados quando comparados aos respectivos moldes

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