Estados Paradoxais, uma clínica possível: contribuições à psicanálise da infância

Abstract

The purpose of this work stemmed from concerns brought to the clinic before the presentation of a psychic former called Paradoxical States, whose manifestations of the symptoms did not allow his insights into diagnostic model practiced by the clinic in which he was apprehended, since such former indicated productions concerning the subject both to autism, such as psychosis and neurosis, not allowing their inclusion within one or other structure. During the work conceived that, before addressing the understanding of the productions articulated by the subject, the issue of Paradoxical States was linked to the model differential diagnosis. From this time there were several changes in order to cover the clinic and in the own reading about the Paradoxical States. Clinic stands out as the character variant transformation of its constituent elements including the discussion of intersubjectivity especially in the analysis of family dynamics and socio-historian-cultural time. From the Paradoxical States, built up the notion of his approach as a possible clinical situated to the psychopathology in childhood befitting the clinics of the emptiness of contemporary society. And yet, the subject perusal in Paradoxical States clinics by studying its production in speech and actions has changed as the departure of the initial model diagnosis, leaving their place as structural vacillation to a unique form of entanglement highlighting its ability articulation of the registries symbolic, imaginary and real. So with the help of the second Lacanian clinic through the horizontalization approach of the subject s production by the three registries, it was possible to understand their joints as the presentations made in the form of parental non-implies, absences, deletions, confusional states, automatism and echolalia.Mestre em Psicologia AplicadaA proposta do presente trabalho partiu de inquietações postas à clínica ante a apresentação de uma formação psíquica denominada de Estados Paradoxais, cujas manifestações sintomatológicas não permitiam sua compreensão dentro de um único modelo diagnóstico. Esta formação indicava produções do sujeito referentes tanto ao autismo, como à psicose e à neurose, não permitindo sua inclusão específica dentro de uma ou outra destas estruturas clínicas. No decorrer do trabalho concebeu-se que, antes de se tratar da compreensão das produções ali enredadas pelo sujeito, a problemática dos Estados Paradoxais estava vinculada ao modelo diagnóstico diferencial. Desde então, várias transformações ocorreram no modo de se abarcar a clínica e na própria leitura acerca dos Estados Paradoxais. Da clínica destacou-se o caráter variante conforme a transformação de seus elementos constituintes, incluindo-se a discussão da intersubjetividade especialmente na análise da dinâmica familiar e do tempo sócio-histório-cultural. Também se construiu a noção dos Estados Paradoxais enquanto uma clínica possível remetida à psicopatologia situada na infância, sendo esta condizente às clínicas do vazio da contemporaneidade. E ainda, a leitura do sujeito na clínica dos Estados Paradoxais, pelo estudo de suas produções na fala e ações, modificou-se conforme a descolagem do modelo diagnóstico inicial, saindo de sua colocação enquanto vacilação estrutural para uma forma singular de enredamento, destacando-se sua possibilidade de articulação pelos registros simbólico, imaginário e real. Assim, com o auxílio da segunda clínica lacaniana, mediante a horizontalização da abordagem das produções do sujeito pelos três registros, foi possível compreender suas articulações conforme as apresentações postas sob a forma de desimplicação parental, ausentificações, apagamentos, estados confusionais, automatismos e ecolalias

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