Orientação: Ana Prioste ; co-orientação: Alda PortugalA literatura internacional tem sugerido que, na infância e na adolescência, as relações positivas na fratria estão associadas a um ajustamento psicológico adequado e podem atenuar o impacto negativo de acontecimentos stressantes intra e extrafamiliares. Considerando que o papel protetor da qualidade das relações fraternais em adultos emergentes não tem sido suficientemente investigado, o presente estudo pretende: (a) explorar a relação entre o conflito familiar, a qualidade das relações na fratria e a perturbação emocional; (b) analisar o papel moderador da qualidade da relação na fratria sobre a relação entre o conflito familiar e a perturbação emocional. Participaram neste estudo 264 adultos emergentes com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, respondendo a um conjunto de instrumentos de autorrelato para avaliar as variáveis em análise. Os resultados mostraram um efeito moderador da hostilidade fraternal, sugerindo que o efeito do conflito familiar na perturbação emocional é significativamente diferente consoante o nível de hostilidade fraternal percecionado. Os resultados apoiam a literatura que sublinha o papel do subsistema fraternal como uma fonte de suporte intrafamiliar perante dinâmicas familiares conflituosas, pelo que poderão ser úteis no desenho de intervenções familiares e fraternais na adultez emergente e na literatura nas áreas de Psicologia da Clínica e Psicologia da Família.International literature has suggested that in childhood and adolescence, positive sibling relationships are associated with positive psychological adjustment and may mitigate the negative impact of intra and extrafamily stressors. Considering that the protective role of the quality of fraternal relations in emergent adults has not been sufficiently investigated, this study aims to: (a) explore the relationship between family conflict, the quality of relationships in fratria and emotional disturbance; (b) to analyze the moderating role of the quality of the sibling relation on the relation between the family conflict and the emotional disturbance. A total of 264 emerging adults aged 18-30 years participated in this study by responding to a set of self-report instruments to evaluate the variables under analysis. The results showed a moderating effect of fraternal hostility, suggesting that the effect of family conflict on emotional disturbance is significantly different depending on the level of fraternal hostility perceived. The results support the literature that emphasizes the role of the fraternal subsystem as a source of intrafamily support in the face of conflicting family dynamics, and may therefore be useful in the design of family and fraternal interventions in emerging adulthood and literature in the areas of Clinical Psychology and Psychology of Family