Esta apresentação tem como objetivo discutir contribuições do método construtivo-interpretativo, sustentado pela Epistemologia Qualitativa proposta por González Rey, para pesquisas em instituições de atenção à saúde mental. Tal discussão será baseada nos resultados de uma pesquisa realizada ao longo de dois anos em um centro de atenção psicossocial do Distrito Federal do Brasil, que teve como participantes usuários e profissionais desse serviço. Primeiramente, destaca-se a importância da construção do cenário social da pesquisa, mediante a assunção de que o trabalho de campo não somente responde ao objetivo formulado para a pesquisa, como também é dimensão fundamental para o próprio delineamento do objeto estudado. Em segundo lugar, apresenta-se a construção da informação com base nesse referencial, discutindo a possibilidade de superar as tendências “descritivas” e “romanceadas” de fazer pesquisa, por meio da lógica configuracional de investigação. Trata-se de uma proposta cujo esteio fundamental é a emergência do pesquisador enquanto sujeito de seu processo investigativo, em um caminho sem hiatos entre campo empírico e produção teóricaResumo de trabalho submetido e aceito no XXXV Congresso Interamericano de Psicologia (2015