A subjetividade social e a subjetividade individual no ensino de Psicologia: um desafio em processo

Abstract

Nesse trabalho pretendo discutir os diferentes processos subjetivos envolvidos na aprendizagem de alunos de Psicologia e suas implicações para a prática e reflexão teórica nesse campo. A representação de teoria e prática como processos distintos, que não se articulam, implica na concepção da teoria como aplicada e apartada do pensamento da pessoa que está vivenciando a prática. O que significa muitas vezes que as teorias são direcionadas a um tipo de prática sem que se tenha nenhum tipo de reflexão sobre o que de fato representam como sistemas de pensamento. No curso de psicologia, vemos que muitas vezes os alunos representam a atuação como psicoterapeuta, por exemplo, como uma aplicação de teorias no âmbito privado da clínica. Na prática, isso implica em uma desconsideração da teoria como processo e sistema aberto que nos permite um diálogo com a realidade. O processo de aprendizagem converte-se em reprodução e a produção criativa de idéias se compromete nesse percurso. Ao assumir a aprendizagem a partir da teoria da subjetividade proposta por González Rey, baseada no enfoque histórico cultural, apresento esse processo como configurado por sentidos subjetivos que vão se constituindo nesse percurso. Dessa forma, tanto os aspectos sociais quanto os individuais são subjetivados e tornam-se elementos configuradores de processos de sentido que se refletem nos processos de aprendizagem. Da mesma maneira, tanto a subjetividade social quanto a subjetividade individual têm sua expressão nas nossas práticas posteriores como psicólogos. O desafio que nos apresenta é: como refletir teoricamente sobre a subjetividade que nos constituiResumo de trabalho submetido e aceito na VI Convención intercontinental de Psicología, Hóminis (2013

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