O artigo em questão busca refletir acerca da influência da sociedade de consumo na educação, principalmente na educação física, e para isso, resgata a Educação Física através dos tempos, sua criação e sua posterior constituição e inclusão como disciplina, sua formação burguesa de caráter discriminador que apesar de nos tempos mais remotos ser apenas um ritual aos deuses, com a criação da competição, acabou segregando os elementos da sociedade, pois apenas os mais perfeitos, eram considerados mais capazes. Como de forma menos acentuada, nos dias atuais esses preceitos ainda são disseminados. Assim propõe-se fazer uma análise, de como as representações de "um modelo ideal" de corpo, conduta social e estereótipos estão presentes nessas aulas, como a sociedade tem influenciado no comportamento dos indivíduos, transformando-os em produtos de uma linha de produção onde não pode haver falhas na sua composição, e se alguém foge desses padrões, acaba ou sendo excluído da sociedade, ou colocado em evidência por sua exoticidade. Também alertando sobre como tem-se relacionado atividade física com saúde, sem se preocupar com os males que a primeira pode causar sem a devida manutenção da segunda. Qualidade de vida é pressuposto básico de cidadania, mas os atuais professores de educação física tem tido dificuldades para levar esse conceito para dentro de uma sala da aula. Com a atual massificação da sociedade, fica difícil evitar que a educação física siga o mesmo rumo, se tornando mais um mecanismo da massificação