O índice de massa corporal como preditor para desempenho neuromotor em escolares

Abstract

Introdução: Os índices de sobrepeso e obesidade demonstram dados preocupantes acometendo crianças e adolescentes, tornando-os mais propensos a desenvolverem doenças como diabetes e doenças cardiovasculares em idade adulta e cada vez mais jovens. Objetivo: Identificar um valor de IMC para desempenho neuromotor, no que diz respeito aos níveis de flexibilidade, desempenho no teste de impulsão horizontal e força em escolares, além de correlacionar o IMC com flexibilidade, impulsão horizontal e com força, destacando as principais diferenças entre os sexos. Materiais e Métodos: Tratou-se de uma pesquisa de nível descritivo, de e caráter quantitativo com coleta de dados transversal realizado com escolares do ensino fundamental, de uma escola pública no Distrito Federal. Participaram 104 escolares (idade: 14,66 ± 0,98 anos), sendo (n= 47) meninas e (n= 57) meninos. Para tanto, foi definido o Índice de Massa Corporal (IMC), níveis de flexibilidade medidos com banco de Wells, teste de impulsão horizontal e força de preensão manual com dinamômetro (Jamar) para identificação de força. Resultados: Os resultados iniciais demonstraram diferença entre meninos e meninas nas variáveis de idade (p = 0,03), estatura (p < 0,01), flexibilidade (p = 0,05), impulsão absoluta (p < 0,01) e relativa (p < 0,01), força absoluta (p < 0,01) e relativa (p < 0,01), sendo apenas flexibilidade maior para as meninas. De acordo com os valores de referência do PROESP-BR, 94,23% dos escolares encontravam-se na zona de risco para saúde no teste de flexibilidade, quanto ao IMC 76,92% estavam na zona saudável. Para meninos foi identificada correlação negativa desprezível da impulsão absoluta (r = - 0,28; p = 0,03), negativa forte da impulsão relativa (r = - 0,74; p < 0,01), positiva desprezível da força absoluta (r = 0,29; p = 0,03) e negativa moderada da força relativa (r = - 0,56; p < 0,01) com o IMC, não havendo correlação com a flexibilidade (r = 0,03; p= 0,83). Para Meninas houve correlação negativa forte da impulsão relativa (r = - 0,71; p < 0,01), positiva moderada da força absoluta (r = 0,49; p < 0,01) e negativa fraca da força relativa (r = - 0,48; p < 0,01) com o IMC, não havendo correlação com a flexibilidade (r = 0,14; p= 0,33) e impulsão absoluta (r = - 0,13; p= 0,36). Quando divididos em subgrupos- a saber, maior e menor IMC através da mediana, meninos com maior IMC apresentaram menores valores para impulsão relativa (p < 0,01) e força relativa (p = 0,03). Assim também, meninas com maior IMC maior, apresentaram menores valores para impulsão relativa (p < 0,01) e força relativa (p < 0,01). Conclusão: Em conclusão, através da mediana do IMC da presente amostra, para meninos, maior que (19,42 kg/m2 ) e para meninas, maior que (20,42 kg/m2 ), indivíduos com valores acima destes, apresentam menor desempenho motor no que diz respeito à impulsão e força relativa, porém os níveis de flexibilidade parecem não sofrer influência do IMC. De fato, maior IMC influencia para menores níveis de aptidão física. Assim, aumentos na força são de extrema importância para promoção da saúde e diminuição nos níveis de sobrepeso e obesidade em escolares.Introduction: The rates of overweight and obesity show worrying data affecting children and adolescents, making them more likely to develop diseases such as diabetes and cardiovascular diseases in adulthood and getting younger. Objective: To identify a BMI value for neuromotor performance, regarding the levels of flexibility, performance in the horizontal impulse test and strength in school students, besides correlating the BMI with flexibility, horizontal and force impulsion, highlighting the main differences between the sexes. Material and Methods: This was a descriptive level research of quantitative character with transversal data collection carried out with primary school students of a public school in the Federal District. There were 104 schoolchildren (age: 14.66 ± 0.98 years), being (n = 47) girls and (n = 57) boys. For this purpose, the Body Mass Index (BMI), flexibility levels measured with Wells bench, horizontal impulse test and manual grip force with dynamometer (Jamar) were used to identify strength. Results: The initial results showed a difference between boys and girls in the variables of age (p = 0.03), height (p <0.01), flexibility (p = 0.05), absolute (p <0.01) and relative (P <0.01), absolute (p <0.01) and relative strength (p <0.01), with only greater flexibility for girls. According to the PROESP-BR reference values, 94.23% of the students were in the health risk zone in the flexibility test, and 76.92% in the healthy zone. For boys, a negative negative correlation of absolute impulse (r = -0.28; p = 0.03), strong negative of the relative impulse (r = - 0.74; p <0.01), positive absolute negligible (R = 0.29, p = 0.03) and moderate negative of the relative strength (r = -0.56, p <0.01) with BMI, with no correlation with flexibility (r = 0.03; P = 0.83). For Girls, there was a strong negative correlation between the relative (r = -0.71, p <0.01), moderate positive of absolute strength (r = 0.49, p <0.01) and weak negative relative strength (R = -0.14, p = 0.33) and absolute impulse (r = -0.13, p = 0, 36). When divided into subgroups - namely higher and lower BMI across the median, boys with higher BMI presented lower values for relative (p <0.01) and relative (p = 0.03). Likewise, girls with higher BMI had lower values for relative impulsion (p <0.01) and relative strength (p <0.01). Conclusions: In conclusion, the median BMI of the present sample, for boys, greater than (19.42 kg / m2) and for girls, higher than (20.42 kg / m2), individuals with values above these, present lower motor performance In relation to the impulsion and relative strength, but the levels of flexibility seem not to be influenced by BMI. In fact, higher BMI influences lower levels of physical fitness. Thus, increases in strength are of extreme importance for health promotion and decrease in the levels of overweight and obesity in schoolchildren

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