O trabalho efetua um diálogo entre Sigmund Freud e Michel Foucault no que diz respeito ao
papel da norma social na relação entre o mundo interno e o externo do indivíduo. Para tanto, a
noção de subjetividade é obtida através de recortes bibliográficos e é apontada a percepção da
ligação entre esta e a norma social, para cada autor. A partir de Freud, inicialmente, é apresentada
a percepção do autor acerca da interação do exterior com o interior e uma breve exposição dos
princípios direcionadores do psiquismo. Posteriormente, é feito um esboço do aparelho psíquico,
com realce no superego e sua função normatizadora. Neste ponto, é feita uma ligação entre
castração, sendo esta demonstrada como condição de moralidade para o indivíduo, e a função
judiciária do superego no psiquismo. Por fim, é realizada uma reflexão acerca da importância do
superego e das normas sociais para a constituição da civilização. Quanto a Foucault, o recorte
inicia-se com a apresentação da noção de ordem e subjetividade constituída segundo desta. Em
seguida, uma discussão acerca das ciências humanas é disposta com o intuito de conectar a
questão da realidade externa e interna do homem à ordem do saber. Após, é apresentada a noção
de poder disciplinar e sua função constituinte da subjetividade. O capítulo é finalizado por uma
reflexão entre poder disciplinar e moralidade. Na conclusão do trabalho, é realizado o colóquio
entre os autores, efetuando uma busca de semelhanças entre os pensamentos apresentados