Este trabalho constitui os frutos colhidos de uma aproximação maior com o
fenômeno da loucura. Seja pela experiência imensurável de acompanhar a dinâmica de um
hospital psiquiátrico, seja pela vivência de tentar, por meio da fala e da escuta, juntamente
com o sujeito, possibilidades outras em que o viver não fosse sempre tão sofrível, como
estagiária de um instituto que acolhe o sujeito de uma forma diferenciada. Ao adentrar o
“mundo” construído por estes sujeitos, foi possível enxergá-los de uma outra maneira e,
compartilhar as suas viagens, as suas vivências e angústias. A marca deste trabalho está aqui
presentificada: entender a angústia como motor das defesas disponibilizadas por um sujeito
particular. Ao mencionar a singularidade do sujeito, faz-se presente, com toda força, a sua
história de vida e os seu posicionamentos diante das ameaças e perigos que esta última traz