jornalismo à função de ratificadora do atual contexto midiático, adquirindo um valor de troca
que lhe atribua característica de mercadoria. No momento em que o acesso à informação é
disseminado, uma contradição se revela. Seu valor de compra e venda nunca foi tão alto, por
ser o objeto que alimenta uma sociedade fundamentada no consumo de imagens. Na produção
jornalística esse consumo é revestido por normas próprias, que exigem a projeção da imagem
da objetividade, isenção e clareza, em consonância com a ordem do discurso em que está
inserido. Isso não exime a imprensa de tentar se adequar às novas exigências que se colocam à
prática jornalística e a adaptar sua linguagem para se manter em um mercado em mutação. É
necessário manter o leitor/consumidor sob uma relação de influência constante. A informação
exerce papel fundamental nesta troca, sendo utilizada como um mecanismo de sedução para o
consumo. Para este estudo foi analisada a cobertura internacional do jornal Folha de S.Paulo,
contextualizada sob as teorias da sociedade de comunicação de massa e a discussão de autores
sobre os valores vigentes no pós-modernismo. Sem subestimar a correlação de influências à
construção de discursos, este estudo pretende demonstrar que a informação atende,
atualmente, às demandas de uma sociedade fundamentada na lógica do mercado