Este trabalho pretende traçar um breve histórico das primeiras publicações
voltadas para o público feminino do Brasil e do mundo, observando, principalmente,
a evolução dos papéis sociais da mulher brasileira e o papel que as revistas
femininas assumiram nessa evolução. Além disso, o estudo tem como objetivo
analisar capas, artigos e matérias da revista Nova Cosmopolitan, lançada em
outubro de 1973, a fim de apontar as mudanças e as permanências no discurso
social e sexual dessa revista ao longo de seus 35 anos de existência. Com base
nessa análise, é possível identificar aspectos que apontam para uma
pseudoliberação da mulher, ou seja, uma falsa liberação feminina, posto que a
revista, apesar de se vender como uma publicação para a mulher livre e moderna,
apresenta uma mulher escrava do consumismo, dos desejos masculinos e das
normas sobre como deve conduzir sua vida e, principalmente, sua sexualidade