A comunicação visa apresentar uma análise crítica das orientações políticas subjacentes à Iniciativa
Novas Oportunidades, no quadro da evolução das políticas públicas de educação de adultos em
Portugal, na última década. Os dados empíricos que suportam a análise resultaram da revisão de
literatura e da análise exploratória de um corpus documental, que inclui depoimentos orais de alguns
decisores e executores da Iniciativa Novas Oportunidades. A Iniciativa Novas Oportunidades
incorpora como lema – elevar a qualificação escolar dos Portugueses e contempla dois eixos de
intervenção, o eixo dos adultos e o eixo dos jovens. Numa lógica semelhante à das campanhas de
alfabetização, incorpora e expande orientações políticas e práticas pioneiras de educação de adultos,
definidas pelo Grupo de Missão e pela Anefa. No caso dos jovens, na tentativa de resolver o problema
do insucesso e abandono precoce, as orientações políticas são orientadas para a educação
profissionalizante. Estas opções, influenciadas pela Agenda da União Europeia nas áreas da educação
e formação, são marcadas por um conjunto de constrangimentos e de crenças.This paper aims to present a critical analysis of the policy guidelines underlying the New
Opportunities Initiative, as part of the evolution of public policies on adult education in Portugal in the
last decade. The empirical data that support the analysis results of a literature review and exploratory
analysis of a corpus of documents and interviews of some policy makers and executors of the New
Opportunities Initiative. The New Opportunities Initiative incorporates the motto-to raise the
educational qualifications of the Portuguese and covers two reas of intervention, young people and
adults. The New Opportunities Initiative incorporates and expands guidance policies and practices
pioneered in adult education as defined by the Task Force and the ANEFA. In the case of young
people in an attempt to solve the problem of failure and drop-outs, political orientations are geared
toward vocational education. These choices, influenced by the agenda of the European Union in
education and training, are marked by a set of constraints and beliefs