Num mundo em constante mudança em que a produção do conhecimento e a inovação são
indiscutivelmente necessárias para a construção de uma sociedade diferente daquela que conhecemos, o
desenvolvimento pleno do potencial dos mais novos afigura-se de extrema importância. O primeiro passo
só pode ser dado quando aceitarmos verdadeiramente as diferenças interpessoais, respeitando-as e
promovendo-as. Os locais privilegiados para essa promoção são, indiscutivelmente, os múltiplos
contextos educacionais que, face à cada vez mais premente necessidade de diferenciação pedagógica,
se vêem obrigados a uma mudança de paradigma em termos de avaliação e de intervenção.
Esse novo paradigma opõe-se à visão estática do “nós versus eles” e obriga a perspectivar a diferença
como uma interacção dinâmica, sistémica e dialéctica entre as características pessoais e as
características do meio envolvente. Consequentemente, uma intervenção educacional promotora do
pleno desenvolvimento do potencial cognitivo exige uma avaliação abrangente e dinâmica das múltiplas
dimensões que confluem no desenvolvimento pessoal: motora, perceptiva, cognitiva, sócio-emocional,
moral, comportamental e, exige também a integração desses dados num quadro de referência teórica
eclético