research

Qualidade de vida e estratégias de coping dos pacientes oncológicos

Abstract

Tese de mestrado integrado em Psicologia (Psicologia Clínica da Saúde - Núcleo de Psicologia da Saúde e da Doença), apresentada à Universidade de Lisboa através da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, 2008Este estudo pretendeu conhecer as estratégias de coping (confronto) utilizadaspelos doentes oncológicos que são seguidos na Clínica da Dor do IPOLFG e como estaspoderão influenciar a sua qualidade de vida relacionada com a saúde e bem-estar global.De acordo com os objectivos de investigação, foram seleccionados os seguintesinstrumentos; o FACT-G, versão 4 (Functional Assessment of Cancer Therapy General), (Cella e col., 1993); a Escala Reduzida de Ajustamento Mental ao Cancro MiniMAC, (Watson et al., 1988) e a Escala Coping With Health Injuries and ProblemsScale CHIP (Endler e Parker, 1998). Nesta investigação participaram 37 pacientesoncológicos.Os resultados obtidos na escala CHIP revelaram que os estilos de confronto maisutilizados pela população em estudo são o Coping Instrumental, o Coping Distractivo eo Coping Paliativo. Salienta-se também o facto que estes pacientes apresentam um valorsuperior na dimensão de Bem-Estar Social/Familiar da Qualidade de Vida, indicandoque o suporte social fornecido pela família e amigos poderá ser outro recurso de copingutilizado por esta amostra para diminuir a situação de crise manifestada. Na escalaMiniMac as estratégias mais utilizadas para fazer face à doença, são o Fatalismo, oEvitamento Cognitivo e o Espírito de Luta. Também se verificou que os pacientes queapresentam um nível de distress menor apresentam um nível de qualidade de vida ebem-estar mais positivo.O trabalho do psicólogo da saúde e da doença é importante a nível do trabalhocom a dor uma vez que procura maximizar a auto-eficácia, autonomia e auto-controlodo doente oncológico. Este trabalho conjunto entre psicólogo e utente pode fortalecer oseu espírito de luta e confronto com o processo e percurso da doença. Assim, é possívelviabilizar a redução dos níveis de fatalismo e evitamento cognitivo, tão associados a umconfronto desadequado com a dor. O trabalho conjunto psicólogo/doente/ família poderá permitir o desenvolvimento de formas de combater o mal-estar funcional resultado evidenciado neste estudo como tendo indicies elevados aumentando assimoutros domínios vivenciais associados sobretudo ao bem-estar físico, emocional e sóciofamiliar.Optimizando estas áreas, poder-se-à constatar uma melhoria na qualidade devida destes doentes, suas famílias e cuidadores principais.The present study was conducted to determine how the Coping Strategies of asample of cancer patients being treated at The Pain Clinic, IPOLFG, may influence theirHealth-Related Quality of Life and sense of Well-Being.In accordance with the established objectives of the present investigation, thefollowing instruments were chosen; FACT-G, version 4 (Functional Assessment ofCancer Therapy General), (Cella et al., 1993); The Mini-Mental Adjustment to CancerScale MiniMAC, (Watson et al., 1988) and The Coping With Health Injuries andProblems Scale CHIP (Endler e Parker, 1998).Results obtained on the CHIP scale indicated higher levels of Instrumental,Distraction and Palliative Coping Strategies. Higher levels of Social/Family RelatedWell-Being were shown to be prominent, indicating that the use of social and familysupport could be another coping strategy/resource to diminish the crisis situation whichthese patients currently face. Regarding the MiniMAC scale, it was found that thecoping strategies most utilized, were Fatalism, Fighting Spirit and Cognitive Avoidance.In addition, it was found that patients manifesting lower levels of distressdemonstrated positive levels of quality of life and well-being.The Health Psychologist's role in pain management is crucial to help CancerPatients optimally manage their crises situation, ultimately stimulating a fightingspirit attitude throughout the course of the disease and reducing levels of fatalism and cognitive avoidance associated with mal-adaptive forms of Coping with Cancer.A joint treatment approach including psychologist, patient and family will be mosteffective to improve the functional-well being of these patients (reported as very low inthe current sample), ultimately enhancing other domains of well-being, such as thephysical, emotional and social well-being. By enhancing these domains, and promotingself-efficacy, a better quality of life will be viable to these patients, their families andtheir health care providers

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