Monografia realizada no âmbito da unidade de Estágio Curricular do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, apresentada à Faculdade de Farmácia da Universidade de CoimbraOs gliomas são subdivididos em astrocitomas, oligodendrogliomas e ependimomas com base
na semelhança imunofenotípica da célula que lhe deu origem. Várias alterações moleculares
têm sido detetadas em gliomas, tais como a perda combinada dos braços dos cromossomas
1p e 19q, a presença de mutação nos genes que codificam a enzima isocitrato desidrogenase
(IDH) e a hipermetilação do promotor do gene MGMT, com valor de diagnóstico,
prognóstico e preditivo. (Kros et al., 2015) É conhecida a importância clínica de marcadores
genéticos ou imunohistoquímicos derivados da resseção ou biópsia do tumor mas a recolha
frequente de amostras de tecido tumoral não é fácil e os biomarcadores circulantes são
necessárias para evitar biópsias repetidas. Têm sido feitos esforços na tentativa de validar
biomarcadores que reflitam o perfil genético de um tumor. Na circulação, esses
biomarcadores incluem células tumorais e ácidos nucleicos, que podem tanto circular
livremente no plasma ou estar inseridos em vesículas extracelulares. (Westphal e Lamszus,
2015) A inclusão de biomarcadores circulantes na prática clínica vem permitir um
prognóstico mais efetivo, uma terapia personalizada e a monitorização da terapia dos futuros
doentes.Gliomas are subdivided into astrocytoma, oligodendroglioma and oligoastrocytoma based on
immunophenotypical similarity to a cell of putative origin. Various molecular aberrations of
gliomas such as, the combined loss of chromosome arms 1p and 19q, the presence of
isocitrate dehydrogenase (IDH) mutation and MGMT promoter hypermethylation, harbor
diagnostic, prognostic, or predictive information. (Kros et al., 2015) The clinical importance
of genetic or immunohistochemical biomarkers derived from the resected tumour or biopsy
is well established, but repeated sampling of tumour tissue is not always appropriate, and
circulating biomarkers are necessary to avoid repeated biopsies. Great efforts have been
made to validate biomarkers reflecting the genetic profile of a tumour. In the circulation,
such biomarkers include circulating tumour cells, and cell-free nucleic acids that can either
circulate freely in the plasma or be packaged into extracellular vesicles. (Westphal e
Lamszus, 2015) Inclusion of circulating biomarkers in clinical daily practice is warranted in an
effort for more effective prognosis, personalized therapy and therapy monitoring in the
future of patients