research

Pain and quality of life in multiple sclerosis patients

Abstract

Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Neurologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraPain is an important disabling symptom in multiple sclerosis (MS) that is frequently overlooked in clinical practice. Previous studies have described pain prevalence figures between 30 and 60%. This study intended to evaluate the prevalence of neuropathic and musculoskeletal pain and its relation quality of life. A total of 60 patients underwent a structured interview to assess painful symptoms and completed the Beck Depression Inventory (BDI) and the MusiQoL questionnaire. The prevalence of pain was 63% and its presence was independent of patients’ age, gender, years of disease, disease subtype, expanded disability status scale (EDSS) and number of relapses in the last year. BDI score was significantly different between groups (p=0,008). 13% of patients complained of neuropathic pain, 22% of musculoskeletal pain and 28% of both types of pain. In the neuropathic pain, Lhermitte’s sign was the most common (56%) and in the musculoskeletal pain, muscular pain was the most prevalent (77%). Patients with pain had significantly lower MusiQoL scores that also related negatively with BDI score. Depression was the only clinical predictor of pain (R2= 0,186 p=0.008) and the presence of pain was a strong predictor of a lower score on the MusiQoL symptoms domain (F=3,97, p=0,05). About 32% of patients with pain were doing a symptomatic medication. Pain is, therefore, a symptom that greatly impairs quality of life and is often associated with depression which further worsens quality of life and alters pain perception. The low frequency of treatment for these symptoms indicates the need for improved attention to this problem.A dor é um sintoma incapacitante na esclerose múltipla (EM) que é frequentemente esquecido na prática clínica. Estudos prévios descreveram valores de prevalência de dor entre 30 e 60%. Este estudo pretende avaliar a prevalência de dor neuropática e musculoesquelética e a sua relação com a qualidade de vida. Um total de 60 doentes foi entrevistado para avaliar sintomas dolorosos e preencher o inventário de depressão de Beck (BDI) e o questionário MusiQoL. A prevalência de dor encontrada foi de 63% e a sua presença foi independente da idade, género, número de anos de doença, subtipo de doença, escala expandida de status da incapacidade de Kurtzke (EDSS) e número de surtos no ano anterior. A pontuação do BDI foi significativamente diferente entre grupos (p=0,008). 13% dos doentes referiram dor neuropática, 22% dor musculoesquelética e 28% os dois tipos de dor. Na dor neuropática, o sinal de Lhermitte foi o mais comum (56%) e na dor musculoesquelética, a dor muscular foi a mais prevalente (77%). Doentes com dor tinham uma pontuação de MusiQoL significativamente menor que também se relacionava negativamente com a cotação do BDI. A depressão foi o preditor mais forte de dor (R2=0,186, p=0,008) e a presença de dor foi um forte preditor de uma menor pontuação no domínio da sintomatologia do MusiQoL (F=3,97, p=0,05). Cerca de 32% dos doentes com dor estavam a fazer terapêutica sintomática. A dor é, portanto, um sintoma que prejudica muito a qualidade de vida e que está frequentemente associado a depressão, que piora ainda mais a qualidade de vida e altera a perceção da dor. A baixa frequência de tratamento destes sintomas indica a necessidade de maior atenção a este problema

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