O setor agropecuário
é considerado um pilar da economia nacional, no entanto está entre os
principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE) no
Brasil, contribuindo com 55,8% de metano (CH<sub>4</sub>) proveniente da
fermentação entérica. Frente a essa situação, o desafio no sistema produtivo de
ruminantes é desenvolver dietas e estratégias de manejo que minimizem a
produção de CH<sub>4</sub>, de modo a reduzir os impactos do aquecimento global
e aumentar a eficiência produtiva. O presente estudo teve como objetivo avaliar
a emissão de CH<sub>4</sub> entérico por novilhas leiteiras mestiças mantidas
em pastos de capim-marandu, fertilizados com nitrogênio ou em consórcio com
amendoim forrageiro. Os tratamentos constaram de pastos de capim-marandu sem
fonte nitrogenada, fertilizados com ureia e em consórcio com amendoim
forrageiro. Para avaliação da emissão do CH<sub>4</sub>, foi utilizada a
metodologia do gás traçador hexafluoreto de enxofre (SF<sub>6</sub>). A emissão
de CH<sub>4</sub> entérico diferiu entre períodos de avaliação e entre
tratamentos, sendo as médias 46,2, 40,4 e 37,8 kg de CH<sub>4</sub>/cabeça/ano
para os tratamentos adubado, consórcio e controle, respectivamente. A inclusão da leguminosa em pastagens
de capim-marandu constitui em uma alternativa para a mitigação de CH<sub>4</sub>
entérico. A produção deste gás é afetada pelas variações sazonais de
precipitação e temperatura que afetam a composição química do capim e,
consequentemente, a emissão de CH<sub>4</sub>, o que pode explicar a variação
na sua produção entre períodos de avaliação