Orientador : Prof. Dr. Antonio Rioyei HigaCoorientadora : Profª. Drª. Giovana Bomfim de AlcantaraDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Defesa: Curitiba, 20/02/2017Inclui referências : f.115-118Resumo: Dentre as poucas espécies florestais utilizadas para a extração de tanino destaca-se Acacia mearnsii De Wildeman (acácia negra), originária da Austrália e plantada comercialmente no Rio grande do Sul. Devido ao grande interesse comercial, busca-se otimizar técnicas de propagação clonal da espécie almejando sua silvicultura clonal em larga escala para a extração de tanino e cavacos. Baseado no exposto, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar aspectos da clonagem de genótipos de acácia negra por meio de técnicas de resgate e de miniestaquia. Para tanto o trabalho foi dividido em três capítulos. O primeiro capítulo aborda técnicas de indução de brotações em indivíduos adultos de acácia negra por diferentes métodos em diferentes alturas, avaliando-se a capacidade de rebrota de matrizes com 3 e 5 anos de idade e o desempenho dessas técnicas nas quatro estações do ano. O segundo capítulo baseia-se no manejo do minijardim clonal da espécie, nas estações de verão, outono e inverno, quanto ao controle de temperatura e umidade avaliando-se o emprego de cobertura plástica (estufim) sobre o sistema de produção das minicepas. E por fim, o terceiro capítulo, dividido em 4 experimentos, trata da dinâmica de enraizamento de miniestacas quanto a diferentes formas de aplicação e concentrações de ácido indol butírico (AIB), diferentes antioxidantes e suas diferentes concentrações, diferentes tamanhos e tipos de miniestacas aplicados a três diferentes materiais genéticos. Em termos gerais, o uso da técnica de torniquete é o método mais eficiente para a indução de brotações em acácia negra nas estações de outono e inverno, já nas estações mais quentes o método mais eficiente é a decepa, e as alturas de 1,20 e 2,0 m proporcionam maior quantidade de brotações por indivíduo. As minicepas em jardim clonal, sobrevivem bem nos quatro ambientes de minijardim manejados. A estação de verão apresenta as melhores respostas aos tratamentos, porém, no inverno, o uso do estufim fora da casa de vegetação apresenta resultados promissores, principalmente para enraizamento de miniestacas coletadas do minijardim. Quanto ao terceiro estudo, os resultados mostram que existe predisposição da espécie ao enraizamento, com alta capacidade de formar sistema radicial. A concentração de AIB influencia nas respostas ao enraizamento, principalmente nas concentrações de 4000 e 6000 mg L-1, enquanto que a forma de aplicação do regulador tem pouca influência. A concentração dos antioxidantes polivinilpirrolidona (PVP) e ácido ascórbico não influencia nos resultados de enraizamento. Apenas a concentração de 1000 mg L-1 de carvão ativado é que contribui para maiores taxas de enraizamento do que os demais antioxidantes. A posição da miniestaca, não tem influência nos resultados de enraizamento para nenhum dos clones estudados, já a permanência das folhas na confecção da miniestaca promove maiores taxas de enraizamento. O comprimento da miniestaca influencia nas respostas ao enraizamento sendo o tamanho de 14 cm o mais indicado. O material genético (clone) responde de maneira diferenciada na propagação vegetativa por miniestaquia da espécie. Palavras-chave: clonagem, enraizamento adventício, resgate.Abstract: Among the few forest species used for tannin extraction are Acacia mearnsii De Wildeman (black wattle), which originated in Australia and is commercially planted in Rio Grande do Sul. Due to the great commercial interest, the aim is to optimize clonal propagation techniques Species by targeting their large-scale clonal forestry for tannin and chip extraction. Based on the above, the present work had as general objective to evaluate aspects of the cloning of black wattle genotypes by means of rescue techniques and minicuttings. For this, the work was divided into three chapters. The first chapter deals with shoot induction techniques in adult black wattle individuals by different methods at different heights, evaluating the regrowth capacity of 3 and 5 year-old matrices and the performance of these techniques in the four seasons of the year. The second chapter is based on the management of the clonal hedge of the species, in the summer, autumn and winter seasons, in terms of temperature and humidity control, evaluating the use of a plastic cover over the ministumps production system. Finally, the third chapter, divided in four experiments, deals with the dynamics of minicut rooting in different forms of application and concentrations of indole butyric acid (IBA), different antioxidants and their different concentrations, different sizes and types of minicuts applied to three different genetic materials. In general terms, the use of tourniquet technique is the most efficient method for the induction of black wattle shoots in the autumn and winter seasons. In the hottest seasons, the most efficient method is the cutter, and the heights of 1.20 and 2.0 m provide more shoots per individual. Clonal hedge ministumps survive well in four managed clonal hedge environments. The summer season presents the best responses to treatments, however, in winter, the use of the minitunnel outside the greenhouse presents promising results, mainly for rooting minicut collected from the clonal hedge. Regarding the third study, the results show that there is predisposition of the species to rooting, with high capacity to form a root system. The concentration of IBA influences the responses to rooting, especially in the concentrations of 4000 and 6000 mg L-1, while the application of the regulator has little influence. The concentration of the antioxidants polyvinylpyrrolidone (PVP) and ascorbic acid does not influence the rooting results. Only the concentration of 1000 mg L-1 of activated carbon is who contributes to higher rooting rates than the other antioxidants. The minicut position has no influence on the rooting results for any of the clones studied, since the permanence of the leaves in the minicut making confers higher rooting rates. The minicut length influences rooting responses, with a 14 cm size being the most indicated. The genetic material (clone) responds differently in the vegetative propagation by minicutting of the species. Key-words: cloning, adventitious rooting, rescue