Orientadora: Reny GregolinAutor não autorizou a divulgação do arquivo digitalTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduaçao em Letras. Defesa: Curitiba, 2004Inclui bibliografia e anexosÁrea de concentraçao: Estudos linguísticosResumo: Esta tese investigou a produção, a imitação e a compreensão de sentenças passivas na Síndrome de Down (SD). Foi constatado que jovens portadores da SD não produzem, não imitam, e não compreendem passivas reversíveis e não-reversíveis, curtas e longas, com verbo de ação e de não-ação. Crianças típicas de mesma idade mental foram também testadas, e seus resultados revelaram que elas compreendem a passiva reversível curta com verbo de ação, mas não com verbo de não-ação, e que compreendem de modo inconsistente a passiva longa com verbo de ação, já que não são capazes de rejeitar passivas longas semântica e pragmaticamente bizarras, confirmando a assunção de que crianças típicas de mesma idade mental de indivíduos portadores da síndrome de Down estão em um estágio mais avançado no desenvolvimento da linguagem que estes. Mostramos que em um estágio anterior à compreensão da passiva reversível, ou quando esse conhecimento é ainda instável, o indivíduo a compreende como ativa, ao interpretar o primeiro DP/NP como agente/causador da ação/não-ação, no sentido de Baker (in press). Essa hipótese ganha força ao assumirmos que as estruturas passiva e ativa possuem derivações iniciais semelhantes.Abstract: This work investigated production, imitation and comprehension of passive sentences in Down syndrome (DS). The conclusion is that young people with DS do not produce, do not imitate and do not comprehend reversible and irreversible, short and long passives with action and non-action verbs. Typical children of the same mental age were also tested, and their results suggest that they comprehend reversible short passives with action verbs, but not with non-action verbs, and that they inconsistently comprehend long passives with action verbs, since they cannot reject semantically and pragmatically bizarre long passives, confirming the assumption that typical children of the same mental age as individuals with DS are at a more advanced level of language development. We assume that before comprehension, or when comprehension is still not stable, the reversible passive is understood as an active structure as a function of the interpretation of the first DP/NP as agent/causer, in the sense of Baker (in press). This hypothesis is reinforced by the fact that the passive and the active constructions have similar initial derivations