Equinóides expostos a diferentes salinidades e sua caracterização histológica

Abstract

Orientadora : Profa. Drª Carolina Arruda de Oliveira FreireCo-orientadora: Profa. Dra. Sônia GrotznerTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Defesa: Curitiba, 27/04/2010Bibliografia: fls. 90-94Resumo: Os celomócitos são células livres presentes nos espaços celômicos, que vagam pelos tecidos e órgãos nos equinodermos. Em equinóides essas células são encontradas entre as células epiteliais dos pés ambulacrais, dos pés branquiais, do reto e da glândula axial. Quando estão dispersas no fluido celômico são coloridas havendo as células vermelhas, verde oliva, marrons, células ciliadas (e que vibram). Essas células podem ser classificadas de acordo com sua forma, tamanho e conteúdo citoplasmático. Há sete tipos de celomócitos descritos: 1) amebócitos fagocíticos, 2) célula esférica branca (célula mórula branca), 3) célula esférica vermelha com grânulos vermelhos (célula mórula vermelha), 4) célula vibrátil, 5) célula cristal, 6) célula progenitora e 7) hemócito. No entanto, ainda ocorrem divergências na literatura no que diz respeito à nomenclatura e funções de cada tipo. Elas são responsáveis pela mediação das respostas imunes através da fagocitose, pela limpeza de materiais estranhos como microorganismos, pelas trocas asosas, pela estocagem de nutrientes, pela produção de componentes do tecido conjuntivo, e também participam do processo de cicatrização por remoção de tecidos mortos, produzem moléculas antimicrobiana, e estão envolvidas na regulação osmótica. Sabe-se que ocorre migração de celomócitos amebócitos do celoma perivisceral para o tecido conjuntivo peristomial e que essa migração é por quimiotaxia. Há poucas referências bibliográficas descrevendo células livres migrando por tecidos. As pesquisas concentram-se na capacidade fagocítica dos celomócitos em experimentos in vitro. Em Echinometra lucunter ficou emonstrado que os pésambulacrais, pés branquiais, reto e glândula axial não são potenciais locais para o descarte de celomócitos carregados com levedura. Isso foi comprovado no presente estudo pela ausência de celomócitos com leveduras assim como a não alteração no número de celomócitos nos tecidos. Os pés ambulacrais, os pés branquiais, o reto e a glândula axial mostraram, nesse estudo, que são tecidos que possuem atividade lisossômica. Essa atividade é maior na glândula axial quando comparada ao pé ambulacral. Essa inédita caracterização mostrou que dentre os tecidos verificados a glândula axial se sobrepõe na atividade de digestão intracelular.Abstract: Coelomocytes are free cells present in the coelomic spaces, that dwell within tissues and organs of echinoderms. In echinoids these cells are found between epithelial cells of ambulacral feet, branchial feet, rectum, and axial gland. When they are freely dispersed in the coelomic fluid, these cells are coloured, either red, olive Green, Brown, and vibratile ciliated cells. These cells can be classified according to their shape, size, and cytoplasmatic content. Still, their function is not yet fully established in the literature. They are involved in the immune response through fagocytosis, destruction of microorganisms, gas exchange, stocking of nutrients, production of connective tissue components, among other functions. They also participate in the process of healing through the removal of dead tissues. Phagocytic coelomocytes can release the captured material in the axial gland and the rectum. Little information is available on free cells migrating through the tissues; most reports deal with the phagocytic capacity of coelomocytes in vitro. In E. lucunter, it could be shown that ambulacral feet, branchial feet, the intestinal rectum and the axial gland are not potential places for the discharge of yeast-loaded coelomocytes. There was no change in the density of either red or white coelomocytes in these four tissues of the urchin, up to 24 hours after the injection of yeasts in its coelomic fluid. Lysosomal activity was detected, through binding to Lamp1; a higher signal was noted in the axial gland than in the ambulacral feet. The axial gland seems to be the tissue mostly involved in intracellular digestion, among the 4 examined tissues

    Similar works