Avaliaçao da susceptibilidade de Aedes aegypti Linnaeus, 1972 ao inseticida Temephos nos municípios de Foz do Iguaçu e Paranavaí, Paraná, Brasil

Abstract

Orientador: Mário Antônio Navarro da SilvaCoorientador: Jonny Edward Duque LunaMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Curso de Graduaçao em Ciencias BiológicasResumo : Os casos de dengue e dengue hemorrágica têm apresentado oscilações nos últimos anos, com os maiores picos de incidência da doença em regiões onde as condições ambientais favorecem o aumento populacional do mosquito transmissor, Aedes (Stegomyía) aegyptí (Linnaeus, 1762). O único modo de conter o avanço da dengue, tanto em número de casos quanto em abrangência territorial, é fazendo o controle dos vetores de modo a manter seus níveis de ocorrência baixos, uma vez que não há vacina ou terapia que possa evitá-Ia até o momento. O controle de culicídeos vetores é feito com uso de inseticidas químicos, que tem ação mais rápida e maior persistência no meio do que os entomopatógenos, em que pese os benefícios ambientais desta última alternativa, porém é necessário monitoramento constante do nível de , susceptibilidade destas populações aos métodos químicos empregados. O objetivo desta investigação foi analisar a susceptibilidade de larvas de terceiro e quarto instar de Aedes aegyptí provenientes de Foz do Iguaçu e Paranavaí ao inseticida organofosforado temephos e determinar a Razão de resistência (RR) e Concentrações letais (CL) 50 % e 95%. Foram distribuídas 25 paletas de eucatex em recipientes com 500 ml de solução de feno cada em diversos pontos das duas cidades do Paraná. A partir dos ovos das paletas foram obtidas larvas para estabelecimento e manutenção de colônias F1 em condições ambientais controladas. Foram utilizadas oito concentrações de solução inseticida nas populações testadas e sete concentrações para a colônia Aedes aegyptí Rockfeller MC, além de controles. Foram realizadas quatro réplicas de cada bioensaio. As populações de Foz do Iguaçu e Paranavaí apresentaram, respectivamente, 93.43% e 97.5% de mortalidade, quando utilizada a concentração diagnóstico (CO) 0.0125 ppm La. As LC's so foram de 0.00456 ppm La. e 0.00560 ppm La. e LC's 9S foram 0.01187 ppm La. e 0.01018 ppm La. para Foz do Iguaçu e Paranavaí, respectivamente. Quando comparadas com a colônia padrão Aedes aegyptí Rockfeller MC, têm-se RRso=2.636 e RR9S=3.997 para Foz do Iguaçu e RRso=3.237 e RR9S=3.428 para Paranavaí. Os valores das LC's são significativamente diferentes (p<0.05), exceto quando comparado Foz do Iguaçu e Paranavaí quanto à LCso. As populações analisadas são consideradas susceptíveis à concentração diagnóstico sugerida pela WHO (1992) para o inseticida organofosforado temephos. As razões de resistência baixas corroboram o status de suscepbilidade das populações

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