Estudos comparativos de técnicas de isolamento de polissomos em Trypanosoma cruzi

Abstract

Orientador: Samuel GoldenbergCoorientador: Marco Antonio Ferreira RandiMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Curso de Graduaçao em Ciencias BiológicasResumo : Sabe-se que tripanosomatídeos regulam a expressão gênica essencialmente em nível póstranscricional. Dados sugerem que a estabilidade dos mRNAs e o acesso deles aos polissomos devem ser os mecanismos envolvidos na regulação pós-transcricional. Estudos de expressão gênica em Trypanosoma cruzi realizados em nosso laboratório, em nível de genes individuais e genômica, têm demonstrado a importância de usar mRNAs contidos na fração polissomal. Entretanto, estudos de genômica funcional com T brucei, recentemente realizados por BREMS et aI. (2005), concluíram que não há diferenças significantes entre RNA total e polissomal quando comparados diferentes estágios de desenvolvimento. Estas observações divergentes podem ser devido a diferenças nos protocolos de obtenção de polissomos ou na confecção do microarranjo, entre outras causas. O objetivo desse trabalho é comparar os protocolos de Brems e Goldenberg usados para extração de polissomos de Trypanosoma cruzi. As comparações foram feitas por análises dos perfis de sedimentação dos polissomos em gradientes de sacarose e por análises de microarranjo dos mRNAs polissomais. Epimastigotas foram processados de acordo com cada protocolo para obtenção dos polissomos. As comparações dos perfis polissomais utilizando gradientes de sacarose mostraram mais semelhanças do que diferenças entre os procedimentos. Entretanto, alguns picos extras foram observados quando utilizado o protocolo de BREMS et ai (2005) na porção não-polissomal. Análises de microarranjo mostraram que 88% dos spots refletiram um padrão similar de expressão gênica entre os protocolos. As diferenças observadas devem estar contribuindo minimamente para os resultados divergentes observados nos dois laboratórios, mas não poderiam explicá-los. As similaridades observadas por BREMS et aI. (2005) entre as duas populações de RNA podem ser devido, principalmente, a diferenças no tipo e confecção do microarranjo

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