Obtenção de perfil protéico bidimensional de nódulos de Phaseolus vulgaris induzidos pro Rhizobium sp. NGR234 e pela estirpe nopJ-

Abstract

Orientador: Roseli WassemMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Ciências BiológicasResumo : O cultivo de leguminosas de interesse agrícola depende de associações simbióticas com microorganismos capazes de fixar nitrogênio atmosférico, chamados rizóbios. O cultivo de feijão no Brasil apresenta uma produtividade média baixa, com amplitude de variação muito alta: desde 400 kg/ha até mais de 3000 kg/ha. Além disso, é essencialmente dependente de fertilizantes nitrogenados químicos, cuja fabricação demanda um alto custo. Considerando que o feijão constitui importante fonte de proteína da alimentação humana, principalmente em países pobres da África e América do Sul, é notável a importância do desenvolvimento de tecnologias de baixo custo que aumentem a produtividade e não causem prejuízos ao meio ambiente. O uso de inoculantes microbianos no cultivo de soja aproxima-se de 100% e representa uma economia anual de 8 bilhões de reais por ano no Brasil com fertilizantes químicos. No entanto, em outras leguminosas o uso de inoculantes ainda é limitado, devido ao desconhecimento dos fatores importantes para o estabelecimento de uma interação eficiente. O feijão comum (Phaseolus vulgaris) é colonizado pelo Rhizobium sp. NGR234, em um processo que envolve a ação sincronizada de genes de nodulação, fixação de nitrogênio e do sistema de secreção do tipo III (T3SS). NopJ é uma proteína efetora secretada pelo T3SS em NGR234 e é diretamente injetada no citoplasma da célula vegetal, mas sua função ainda é descohecida. Curiosamente, uma estirpe mutante nopJnodula o Phaseolus mais eficientemente que a estirpe selvagem. A fim de entender o efeito do NopJ na interação entre Rhizobium sp. NGR234 e P. vulgaris, foram cultivados feijões sob condições estéreis e inoculados com as estirpes selvagem e nopJde NGR234. Os nódulos foram coletados 4 e 6 semanas após a inoculação. Extratos protéicos foram obtidos para análises em géis de eletroforese bidimendional, utilizando tiras de gradiente de pH imobilizado e SDS-PAGE. Os géis foram corados com Coomassie Blue G-250, e os perfis protéicos analisados. A posterior identificação das proteínas através de MALDI-TOF, irá contribuir com a elucidação dos mecanismos de interação entre Rhizobium-Phaseolus

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