Orientador: Roberto AndreatiniMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Ciências BiológicasResumo : O flúor é amplamente utilizado como medida preventiva para o tratamento de cáries atualmente, sendo encontrado na água de abastecimento, produtos dentais, medicamentos e em alimentos. Tal variabilidade de fontes pode levar a uma ingestão elevada de flúor e conseqüentemente a efeitos tóxicos deste no organismo. Estudos prévios sugerem que fluoreto de sódio (NaF) podem levar à alterações de memória, sendo que tais conclusões se basearam em testes de habituação em campo aberto. No presente estudo foi avaliado o efeito da administração sub-crônica de NaF na concentração de 100ppm durante 30 dias, seguida da interrupção do tratamento por 15 dias, com intuito de verificar se tal retirada leva a uma melhora na resposta ao teste de habituação em campo aberto. No presente estudo também foi avaliada o nível de monoaminas e seus metabolitos em áreas cerebrais (hipocampo, estriado, amígdala e córtex frontal). Foram utilizados ratos Wistar. Os animais foram divididos em três grupos: controle (tratado apenas com água de abastecimento – 1,54 ppm) por 45 dias; tratamento 1, com 15 dias de água de abastecimento seguidos de 30 dias com NaF (100ppm); tratamento 2, com 30 dias de NaF (100ppm) seguido de 15 dias de água de abastecimento. Os resultados obtidos mostraram que a retirada do flúor (tratamento 2) não leva a uma melhora na atividade de habituação no teste de campo aberto, sendo assim, o período proposto neste estudo não apresentou melhora nos efeitos deletérios do flúor na memória dos animais. Outro resultado apresentado foi um aumento no nível de noradrenalina (NA) e serotonina (5-HT) no estriado, hipocampo e córtex, bem como um aumento de dopamina (DA) apenas no estriado. Os animais tratados com flúor também apresentaram fluorose leve e não foram apresentadas alterações significantes no peso corporal, consumo de comida ou água durante o tratamento