Orientador : Orientador: Prof. Dr. Carlos SanquettaMonografia (especialização) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Curso de Especialização em Economia e Meio AmbienteInclui referênciasResumo : Este trabalho traz um novo olhar sobre a política florestal brasileira, a partir do contexto da adaptação à mudança do clima. Foram sintetizados os principais impactos e vulnerabilidades, associados à mudança do clima, esperados para alguns setores que compõem a agenda de adaptação no Brasil, bem como apresentadas as principais diretrizes, estratégias e metas necessárias para o enfrentamento dessa questão. O objetivo principal do trabalho foi identificar quais os riscos e oportunidades que a agenda de adaptação gera para a agenda de florestas no Brasil. Para tanto, foi apresentada e discutida a agenda de adaptação no Brasil, especialmente a partir do Plano Nacional de Adaptação - PNA, caracterizada a política florestal brasileira e realizado um estudo de caso, com quatro países: China, Indonésia, México e Chile. Ao mesmo tempo, foi apresentada e analisada a relação entre a agenda de adaptação e a agenda de floresta. A pesquisa identificou que os serviços ecossistêmicos providos pela floresta ajudam a reduzir a exposição e a sensibilidade e aumentam a capacidade adaptativa da maioria dos setores do PNA. Já os estudos de caso permitiram identificar a tendência e estratégias daqueles países, especialmente impulsionadas pelas vulnerabilidades climáticas enfrentadas, trazendo importantes lições aprendidas para o Brasil. Aqueles países tem mudado o foco da política florestal para objetivos de conservação e proteção, e não apenas de produção, apostando nos usos múltiplos e sustentáveis da floresta. O trabalho conclui que muito mais oportunidades do que riscos são gerados pela agenda de adaptação no Brasil para a sua política florestal, e não apenas em um sentido, mas numa relação dialética em que ambas as agendas se reforçam mutuamente. Por fim, para que os objetivos da política florestal brasileira sejam ainda mais efetivos e para que o país tenha uma atuação mais estratégica nesse setor, e de forma cada vez mais complementar com a agenda de adaptação, são fundamentais melhorias institucionais. Ou seja, instituições mais adaptáveis, flexíveis e com capacidade de aprendizagem e de coordenação governamental em todos os setores e escalas, no âmbito vertical e horizontal, entre atores públicos e privados