Este texto apresenta algumas chaves teóricas que permitem enquadrar
e repensar o estudo do trabalho em cadeias agrícolas globais a partir de uma
perspectiva feminista, a fim de superar o viés androcêntrico ainda vigente nos
estudos agrícolas. Para ilustrar essas ideias nos apoiaremos, de forma sucinta,
em alguns resultados obtidos a partir de uma investigação empírica realizada, a
partir do campo da antropologia social, sobre a organização social do trabalho
na agricultura de exportação na Andaluzia (sul da Espanha).The present study analyzes theoretical concepts that permit us to restructure
the literature on global agro-food chains from a feminist perspective, with the
intention to surpass the androcentric bias present in the majority of agricultural
studies. To illustrate these proposals we will base our arguments on concise results
extracted from an empirical investigation conducted from a social anthropological
perspective, concerning the social labor organization in intensive agriculture
(South of Spain)