DA TECTÓNICA DE PLACAS À TEORIA DA EVOLUÇÃO; DOS SUPERCONTINENTES À DISPERSÃO DOS SERES VIVOS

Abstract

Na última década a evolução do conhecimento do comportamento das camadas internas do nosso planeta tem levado a profundas alterações da forma como a dinâmica da Terra é encarada. O ênfase nas células de convecção lineares e na movimentação das placas tectónicas expressa nos ciclos de Wilson, tem evoluídos lentamente para uma aproximação onde as enormes plumas convectivas (quentes e frias) e o ciclo dos supercontinentes aparecem como processos dominantes. Esta transformação tem permitido uma visão mais integradora, onde os processos tectónicos e de evolução da Vida na Terra surgem, não como processos isolados, mas sim como complementares. No entanto, esta nova abordagem ainda não se reflecte nos curricula do ensino. Neste trabalho propõe-se um conjunto de actividades práticas para o ensino secundário explorando o conceito do ciclo dos supercontinentes e da dispersão da Vida na Terra. A reconstrução da dispersão dos principais blocos continentais desde a Rodinia até à Actualidade permite perceber, não apenas a agregação e dispersão dos supercontinentes (Rodinia Panotia Pangeia), mas também e a sua influência na dispersão de alguns dos principais grupos de seres vivos na Terra. Com efeito, a existência da Panotia é fundamental para perceber a distribuição das primeiras trilobites no Câmbrico inferior, a agregação da Pangeia é crucial para perceber a dispersão dos tetrápodes na Terra e a existência deste último supercontinente explica porque existem fósseis de dinossáurios em todos os continentes

    Similar works