Comparação do proteoma salivar entre caucasianos (portugueses) e africanos (cabo-verdianos): influência dos hábitos alimentares

Abstract

As proteínas salivares são reconhecidas pelo seu potencial como biomarcadores de diversas patologias, mas os seus níveis podem sofrer alterações com diversos fatores. A genética pode ter influência no proteoma salivar, apesar deste ser um assunto pouco explorado. Nesse sentido o propósito deste estudo é comparar o proteoma salivar de caucasianos com africanos, controlando para a sua alimentação, uma vez que esta poderá ser também um fator de variação. Técnicas de eletroforese bi-dimensional e determinação de atividade enzimática permitiram avaliar o proteoma salivar e Questionários de Frequência Alimentar e recordatórios das 24h anteriores, os hábitos alimentares. Foram observadas diferenças entre portugueses e cabo-verdianos, nos níveis de expressão de proteínas como imunoglobulinas e amilase, estando esta última aumentada nos cabo-verdianos. Apesar de todos os participantes terem acesso aos mesmos alimentos, os indivíduos africanos apresentam maiores consumo de doces e menor consumo de frutos, o que poderá justificar algumas das diferenças salivares; Abstract: Comparison of salivary proteome between caucasian (Portuguese) and african (Cabo-Verde): influence of dietary habits. The salivary proteins are recognized for their potential as pathology biomarkers. However, their levels change in response to various factors. Ethnicity may have influence in salivary proteomics, although this has not been explored so far. In this sense, the purpose of this study is to compare the salivary proteome of Caucasians with Africans, controlling for their diet, since this last can be a source of variation. Bi-dimensional electrophoresis and enzymatic activity were used to evaluate salivary proteome and food frequency questionnaires and previous 24-hours recalls were used to assess dietary habits. Differences between Portuguese and Cape Verdeans were observed in the expression levels of proteins such as immunoglobulins and amylase, with this last being increased in Cape Verdean individuals. Although all participants have access to the same food environment, African individuals consume higher amounts of sweets and lower amounts of fruits, what can explain some of the salivary differences

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