research

REVISITANDO OS CUSTOS RELACIONADOS COM A QUALIDADE

Abstract

Na tentativa de provar que a qualidade contribuía para a rentabilidade, que não era um custo, mas um investimento, surge na década de 60 a técnica dos Custos Relacionados com a Qualidade (CRQ). Contudo, estes deixaram de ser contabilizados por várias razões: os modelos ficaram obsoletos; não interessa contabilizar porque os benefícios são inquestionáveis; o uso da informação tem sido diminuto e pouco útil. A sociedade do conhecimento e da aprendizagem, e as dinâmicas empresariais colocam o problema dos CRQ noutro patamar de análise. Neste artigo levanta-se um conjunto de questões a que importa responder, tais como as dimensões e as formas de gestão no quadro de alianças, ou outras novas soluções organizacionais, como avaliar os custos da gestão por processos e o valor dos ativos intangíveis, e que custos podem/devem ser autonomizados, que de modo útil suportem as decisões. Os CRQ envolvem a organização fornecedora e os seus clientes, mas não incluem as outras partes interessadas. Os custos dos avanços tecnológicos podem ser incluídos, bem como os custos da sustentabilidade. Os CRQ não contabilizam algumas das formas de subotimização típicas com é o caso de um processo de cada vez, e a não utilização do conceito de ciclo de vida. Os benefícios de abordagens lean resultam na eliminação de atividades que não acrescentam valor. Estes benefícios poderão vir a ser calculados através de uma função oposta à função de perda de Taguchi. Por outro lado, o deslocamento da competitividade para áreas próximas do mercado levanta a questão de saber que custos devem ser autonomizados nas fases anteriores ao fabrico/prestação do serviço. Os CRQ surgiram como uma renovada área de investigação, se for possível quantificar o contributo da qualidade para a competitividade e a rentabilidade à semelhança da inovação

    Similar works