os mamposteiros das ilhas

Abstract

UID/HIS/04666/2019O cargo de mamposteiro-mor dos cativos foi criado com o fim de superintender a arrecadação de bens e valores resultantes de esmolas, penas, resíduos ou legados testamentários, destinados ao resgate dos cristãos cativos no Norte de África. Inicialmente, a recolha foi realizada pelos religiosos da Ordem da Santíssima Trindade, que estavam responsáveis pela organização dos resgates, primeiro em terras da Península Ibérica e após a conquista de Ceuta, nas praças norte africanas. Com a criação do Tribunal da Redenção dos Cativos por D. Afonso V, em meados do século XV, passou a ser um ofício de nomeação régia, e no século seguinte a estar subordinado à Provedoria-mor dos Cativos na Mesa de Consciência e Ordens. A Provedoria recebia os fundos angariados nas comarcas do reino, ilhas atlânticas, Brasil e Índia, através das mampostarias, para onde confluíam os rendimentos que os monarcas foram irecionando para resgate de cativos. O dinheiro arrecadado era remetido para o Cofre Geral da Redenção dos Cativos, em Lisboa, para ser utilizado nos resgates efectuados pelos religiosos trinitários. Nesta comunicação pretendemos destacar o papel das mampostarias dos arquipélagos atlânticos dos Açores e da Madeira, o modo como se relacionavam com a Provedoria dos Cativos da Mesa da Consciência e Ordens, e contribuíam para a obra tão nobre e pia de resgatar cativos cristãos.publishersversionpublishe

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