RESUMO:O reinternamento psiquiátrico é um fenómeno multifacetado, determinado por diversos fatores e frequentemente apontado como um resultado negativo. Investigar os cuidados de saúde ambulatórios, incluindo os Cuidados de Saúde Primários, pode proporcionar mais informações sobre o reinternamento psiquiátrico.
O presente estudo retrospectivo incluiu dados do HILMO - Registo dos Cuidados Sociais e de Saúde, assim como do AvoHILMO - Registo dos Cuidados de Saúde Primários a Doentes Ambulatórios. Os dois objetivos principais do estudo abrangeram a pesquisa sobre o reinternamento psiquiátrico no contexto finlandês e a análise do uso dos Cuidados de Saúde Primários utilizando um estudo de coorte. O estudo de coorte
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(N=16.814 adultos) compreendeu pessoas com experiência em regime de internamento psiquiátrico no ano de 2012. Esperava-se que serviços de Cuidados de Saúde Primários mais variados pudessem ter um impacto mais protetor em casos de reinternamento psiquiátrico.
A taxa média de reinternamento foi de 40%, variando entre distritos hospitalares, desde 28% no hospital Kymenlaakso até 54% no hospital Länsi-Pohja. O índice de reinternamento hospitalar esteve correlacionado com o tempo de estadia, parte do estudo de coorte em distritos hospitalares e aspectos de tipo de serviço.
As consultas nos Cuidados de Saúde Primários uma semana depois da alta mostraram uma correlação negativa com a densidade populacional, com áreas de menor densidade populacional possuindo um maior nível de consultas nos cuidados primários durante essa semana. As consultas de saúde mental tiveram mais frequentemente lugar em centros de saúde primários, enquanto outras especialidades privilegiaram o cuidado domiciliar como meio de contato. Houve uma forte correlação positiva entre a probabilidade de atendimento em cuidados de saúde primários no prazo de uma semana depois da alta e o número de profissionais de saúde mental incluído na equipe de Cuidados de Saúde Primários.
Diferenças na utilização de serviços entre os vários distritos hospitalares foram evidentes. O presente estudo mostra como pessoas com perturbações mentais suficientemente graves para requerer hospitalização, acedem aos cuidados ambulatórios, particularmente aos Cuidados de Saúde Primários. O melhoramento dos Cuidados de Saúde Primários através do aumento da diversidade de profissionais e dos tipos de serviços disponíveis estaria em consonância com as recomendações atuais para cuidados de saúde mental mais holísticos ou centrados na pessoa.ABSTRACT:Psychiatric re-hospitalisation is multifaceted, determined by many factors, and often highlighted as a negative outcome. Investigating outpatient care including primary care can further insights of psychiatric re-hospitalisation.
The retrospective register based study included data from the HILMO Care Register for Health Care, and the AvoHILMO Register for Outpatient Visits in Primary Care encompassing two main objectives, investigating psychiatric re-hospitalisation in the Finnish context, and exploring the use of primary care by the study cohort. The study cohort (N= 16 814 adults) comprised of people with experience of psychiatric inpatient care in 2012. More diverse primary care services were expected to have protective impacts on psychiatric re-hospitalisation.
The average re-hospitalisation rate was 40%, varying between hospital districts with Kymenlaakso Hospital District at 28% and Länsi-Pohja Hospital District at 54%. Re-hospitalisation rate correlated with length of stay, share of study cohort in hospital district, and aspects of service type.
Primary care visits within a week following discharge were seen to correlate negatively with population density, areas with lower population density having a higher level of a primary care visit within a week. Mental health care visits were more likely to take place at the primary care centre, with other specialities having more home based care means of contact. There was a strong positive correlation between likelihood of being seen within a week within primary care, and amount of Mental Health Care Assistants included in the primary care workforce.
Differences in service use between the hospital districts was apparent, the current study illuminating how people with mental health disorders severe enough to require hospitalisation access outpatient care, particularly primary care. Further developing primary care by developing the diversity of the workforce and types of services available would be in line with current recommendations for more holistic or person centred mental health care