Todas as pessoas, a um certo nível, estão dependentes da energia, sendo que uma das formas de energia à qual mais estamos habituados é a energia elétrica em Corrente Alternada (CA), de tal forma é esta habituação que nem pensamos que tipo de energia elétrica estamos a usar em nossas casas, assumimos que seja CA e sempre deva ser CA.
O grande objetivo desta dissertação é dizer que não tem obrigatoriamente de ser assim, existem outras formas de gerar, transportar e consumir energia elétrica, isto é, utilizar a energia elétrica em Corrente Contínua (CC), e esta forma de utilização de energia elétrica pode mesmo trazer consigo diversas vantagens, sendo algumas dessas vantagens um comprovado aumento da Eficiência Energética (EE), menor necessidade de equipamentos conversores, melhor qualidade de energia consumida ou mesmo um menor risco para a saúde, resultante de uma menor exposição a campos eletromagnéticos.
Embora seja vantajosa a utilização de CC, como é possível ver na dissertação esta utilização nem sempre é a mais viável, sendo apontados aspetos a mudar e um rumo a seguir de modo a promover a utilização de CC e com isto uma maior EE.
Num momento em que se fala, e se discutem soluções, de Energias Renováveis (ER), EE, microgrids, smart grids, edifícios Net Zero Energy Buildings (NZEB) e Internet of Things (IoT), pretende-se estudar as vantagens e desvantagens que a utilização de CC poderia trazer, tal como analisar os normativos existentes, em maior pormenor o normativo Português, de modo a analisar que alterações devem ser consideradas quando se pretende fazer um projeto de infraestrutura elétrica de uma habitação em CC ao invés de CA.
É igualmente dado grande ênfase ao estudo do estado político ao qual se pode associar a implementação da energia elétrica em CC, pois mesmo que em termos técnicos a CC se apresente como a melhor solução, sem a devida conjuntura política e social a melhor solução não se consegue desenvolver e difundir com tanta facilidade