Mental health on Colombian refugees in Equador: Trauma exposure, discrimination and resilience

Abstract

RESUMO: Refugiados colombianos vêm sendo expostos a graves situações de stress, tanto no seu país de origem (violência relacionadas com o conflito) como no Equador (discriminação, integração limitada e dificuldades económicas). A exposição às adversidades é reconhecida pelos seus múltiplos efeitos na saúde mental, passando por resiliência (algum nível de saúde mental apesar da exposição à situações graves de estresse), sofrimento psíquico, até um nível elevado de perturbações mentais. Uma pesquisa foi realizada com uma amostra de 130 refugiados colombianos no Equador, para avaliar a sua exposição a eventos potencialmente traumáticos; o seu estado de saúde mental; os seus níveis de resiliência e as suas percepções sobre discriminação e integração social. Os resultados mostraram que o sofrimento psicológico e as perturbações mentais têm uma prevalência elevada nesta amostra da população: 27% dos entrevistados foram diagnosticados com sofrimento psíquico ou perturbação mental e a exposição à adversidade foi identificada como principal determinante de uma saúde mental debilitada. No entanto, surpreendentemente os participantes mostraram elevados níveis de resiliência individual. Com respeito aos fatores sistémicos de resiliência, verificou-se que o trabalho de suporte é significativamente associado a melhores níveis de saúde mental. A discriminação percebida - e relatada por três quartos dos participantes - é uma importante fonte de sofrimento psíquico. 43% dos entrevistados sentiam-se excluídos da sociedade equatoriana, o que é atribuído a uma inserção précaria no mercado de trabalho (emprego informal e desemprego). Fatores de risco relacionados à saúde mental desta amostra populacional incluíram: exposição à adversidade; género (feminino); percepção da discriminação e baixo nível de resiliência individual, enquanto por outro lado, alto nível de resiliência demonstrou ser condicionante de uma melhor saúde mental. Intervenções para melhorar a saúde mental dos refugiados colombianos no Equador devem estar direcionadas à redução dos fatores de risco, como a discriminação e a limitada integração social, proporcionando atenção adequada aos indivíduos que sofrem de perturbação mental e fortalecendo fatores de promoção e prevenção, tais como apoio social e emprego. Enquanto não se pode alterar experiências traumáticas pré-migração, as intervenções que visam a construção de resiliência podem ter um impacto positivo no bem-estar psicossocial desta população.ABSTRACT: Colombian refugees have been exposed to severe stressors both in their home country (conflict-related violence) and in Ecuador (discrimination, poor integration and hardship). Exposure to adversity can have diverse impacts on mental health, ranging from resilience (good mental health despite exposure to significant stressors), non-disordered psychological distress, to increased mental disorders. This cross-sectional study in a sample of 130 Colombian forced migrants in Ecuador assessed exposure to potentially traumatic events, mental health status, resilience levels and perception of discrimination and integration. The research showed that psychological distress and mental disorder are prevalent in this population sample: 27% of respondents were diagnosed with psychological distress or mental disorder; exposure to adversity was identified as the main determinant of poor mental health. However, participants showed high individual levels of resilience. Concerning systemic factors of resilience, it was found that employment is significantly associated with better mental health outcomes. Perceived discrimination, reported by three quarters of the participants, is a major source of psychological distress. 43 % of the respondents felt excluded from the Ecuadorian society and this was found to be related to a precarious occupational status (informal labor and unemployment). Determinants of poor mental health in this population sample included exposure to adversity, female gender, perception of discrimination and lower individual levels of resilience, whereas higher levels of resilience showed to be predictors of better mental health. Interventions to improve the mental health of Colombian forced migrants should focus on addressing risk factors in Ecuador, such as discrimination and poor integration, providing appropriate care for individuals suffering from mental disorder and strengthening promoting and preventive factors such as social support, including employment opportunities. Whilst nothing can be done to alter pre-migration traumatic experiences, interventions aimed at building resilience can have a clear impact on the psychosocial wellbeing of this population

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