Dissertação apresentada como requisito
parcial para obtenção do grau de Mestre em Estatística e Gestão de InformaçãoO objectivo da dissertação consistiu em identificar factores determinantes que levam a
população portuguesa a declarar estados de saúde débeis. Pretendemos avaliar o efeito de
indicadores socio-demográfico, socio-económicos e gerais de saúde na percepção do
estado de saúde do indivíduo. Para tal, utilizámos os dados gerados pelo 4º Inquérito
Nacional de Saúde, conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e pelo
Instituto Nacional de Estatística, com a colaboração da Direcção-Geral da Saúde.
Verificámos que, entre os diversos autores, a dicotomização da variável em estudo, o
estado de saúde subjectivo, não é consensual. Vários estudos apresentam recodificações
distintas, agrupando diferentemente as categorias de resposta da variável em análise.
Utilizando uma especificação baseada no modelo logit, concluímos que diferentes
agregações proporcionam diferentes resultados, pelo que é necessária prudência na
agregação da variável estado de saúde subjectivo.
Neste sentido, optámos por estimar o modelo estereótipo, um modelo de variável
dependente ordenada, adequado quando a variável de interesse é ordinal e originária de
uma variável ordinal. Tal como esperado, o sexo é uma variável diferenciadora. Isto é,
verifica-se, por vezes, que os factores determinantes do estado de saúde têm efeitos
contrários para homens e mulheres. Além disso, os indicadores socio-económicos, não
obstante da importância dos restantes, influenciam significativamente a percepção do
estado de saúde da população, pelo que a promoção da saúde deve ser acompanhada de
políticas de ordem socio-económicas