PERTINÊNCIA DO TEMA: Os ferimentos auto-infligidos, atualmente, têm sido foco de
investigação devido ao aumento de incidência destes comportamentos.
OBJETIVO: O presente estudo teve como principal objetivo estudar a relação entre o
autocriticismo e a prática de ferimentos auto-infligidos nos jovens universitários.
MÉTODO: Este estudo é de natureza descritivo-correlacional. A amostra constituiu-se
por 344 estudantes do ensino superior, com idades compreendidas entre 18 e 30 anos.
Recorreu-se à utilização dos instrumentos: Inventário de Comportamentos de Risco e
Auto - dano para Adolescentes – RTSHIA, Escala das Funções do Autocriticismo e
Autotranquilização – FSCRS e um Questionário Sociodemográfico.
RESULTADOS: A maioria dos participantes manifesta a presença de comportamentos
de risco (n = 320, 95.2%) e com uma taxa bastante elevada, apresentam a presença de
comportamentos lesivos (n = 159, 46.9%). Observa-se que a forma de autocriticismo na
qual os participantes parecem ter obtido pontuações superiores é o Eu Tranquilizador (M
= 20.35, DP = 6.90). Há uma correlação positiva estatisticamente significativa entre a
prevalência de comportamentos lesivos e o Eu Inadequado (r = .45, p < .001) e o Eu
Detestado (r = .59, p < .001) e uma correlação negativa estatisticamente significativa
entre a prevalência de comportamentos lesivos e o Eu Tranquilizador (r = -.42, p < .001).
CONCLUSÕES: Pontuações mais elevadas do Eu Inadequado e Eu Detestado, estão
associadas a uma prevalência superior de comportamentos lesivos. Enquanto, pontuações
mais elevadas em termos da forma Eu Tranquilizador, estão associadas a uma prevalência
inferior dos comportamentos lesivos.SUBJECT: Self-inflicted injuries have been the focus of research today due to the
increased incidence of damage.
OBJECTIVE: The present study aimed to study the relationship between self-criticism
and the practice of self-inflicted injuries in college students.
METHOD: This study is descriptive-correlational in nature. A sample of 344 higher
education students, aged 18 to 30 years. The following instruments were used: Risk
Inventory and Automatic Behavior - Damage to Adolescents - RTSHIA, Self-Critical
Scale and Self-Reconciliation - FSCRS and Sociodemographic Questionnaire.
RESULTS: Most participants report the presence of risk behaviors (n = 320, 95.2%) and
with a very high rate, present the presence of harmful behaviors (n = 159, 46.9%). It is
observed that the form of self-criticism in which participants appear to have obtained
higher scores is the reassuring self (M = 20.35, SD = 6.90). There is a statistically
significant positive correlation between the prevalence of harmful behavior and
inadequate self (r = 0.45, p < 0.001) and hated self (r = 0.59, p < 0.001) and a negative
correlation statistically significant difference between the prevalence of harmful behavior
and the reassuring self (r = -.42, p <.001).
CONCLUSIONS: Higher scores of inadequate self and hated self are associated with a
higher prevalence of harmful behavior. While higher scores in terms of the reassuring self
form are associated with a lower prevalence of harmful behaviors