Are public banks a “necessary evil”? : an analysis on the impacts of public ownership in banks

Abstract

This thesis studies the impacts of ownership in the Eurozone banks in the period from 2011 to 2016. Three main moments are found in previous literature: The first moment, from the 1960s to the 1990s, was characterized by a lack of comprehensive quantitative research. The second period starts with La Porta et al.’s (2002) critique on public banks. A profusion of research on public ownership of banks followed, generally presenting evidence that public banks tend to be less efficient, less profitable and riskier. With the financial crisis of 2007/2008, many banks were nationalized and the discussion about the impacts of public ownership restarted. In this context, I wanted to understand whether ownership continues to produce the same effects and whether those effects are dependent on the country where the bank is located. By using a Random Effects model, this thesis finds evidence that public ownership tends to decrease both profitability and efficiency. Additionally, evidence was found that effects of ownership on risk are dependent on the country where the bank is located. These results are interesting considering that the banks in the sample are mainly regulated by the same entity, the ECB. This raises the question of what mechanisms should be put in place to enhance the performance of these banks.A presente tese procura estudar quais os impactos que a estrutura acionista exerceu sobre os bancos da Zona Euro, no período compreendido entre 2011 e 2016. Podem ser identificados três momentos distintos na literatura académica: o primeiro momento decorre entre os anos 60 e 90, em que a discussão era essencialmente política. O segundo momento é impulsionado pela crítica feita por La Porta et al. (2002) aos bancos públicos, seguida por uma grande diversidade de autores que, em geral, apresentam evidências de que os bancos públicos tendem a ser menos eficientes, menos lucrativos e a ter mais risco nos seus balanços. Com a crise financeira de 2007/2008 e com a nacionalização de vários bancos, a discussão sobre os impactos da presença do Estado na estrutura acionista recomeçou. Neste contexto, pretende-se compreender se a estrutura acionista continua a ter os mesmos efeitos e se esses efeitos dependem do país onde o banco está localizado. Esta tese utiliza um modelo de Random Effects, encontrando evidências de que a presença do Estado na estrutura acionista dos bancos tende a diminuir o seu nível de lucro e a sua eficiência. Além disso, são encontrados indícios de que o efeito no risco dos bancos é dependente do país onde o banco está localizado. Estes resultados são interessantes tendo em conta que os bancos presentes na amostra são essencialmente regulados pela mesma entidade, o BCE. Levanta-se, portanto, a questão sobre que mecanismos podem ser utilizados para harmonizar a performance dos bancos

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