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Previous issue date: 2017-05-23Apesar dos esforços para a eliminação da TB, a doença continua sendo
um grande problema de saúde pública, relacionada a probreza. Isso é evidente nos
30 países com maior carga da doença em que aqueles com maior carga possuem
maiores desigualdades sociais. Estudos mostram o potencial dos programas de
proteção social na saúde pública e o sinergismo entre intervenções de proteção social
e os programas de controle da TB pode ser eficaz. Objetivo: Descrever as
características sociodemográficas, hábitos de vida, clínicas e comorbidades e avaliar
os fatores associados ao desfecho do tratamento da TB, entre os grupos de
beneficiários ou não da transferência direta de renda, em sete capitais brasileiras.
Métodos: Estudo de coorte prospectiva de pacientes em tratamento da TB em sete
capitais brasileiras. Os dados foram coletados de fevereiro de 2014 a abril de 2017.
Os expostos foram os pacientes que recebem a transferência direta de renda e os não
expostos aqueles que não recebem. As características sóciodemográficas, de hávitos
de vida, clínicas e de comorbidades foram avaliadas entre os grupos. Realizamos os
testes qui-quadrado de Pearson, Exato de Fisher e Mann-Whitney. Utilizamos a
regressão logistica hierárquica, no qual a cura da TB foi a variável dependente e as
váriaveis preditoras foram analisadas em níveis. Os dados foram apresentados em
odds ratio e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram 1.017 pacientes
analisados no estudo, sendo que 834 (82,01%) não expostos e 183 (17,99%) exposto.
O grupo exposto tem mais analfabetos, mais desempregados, as famílias possuem
menores renda, mais pessoas sem rede de esgoto em seus domicílios e são mais
pardas e pretas em comparação aos não expostos. Na análise hierárquica, o grau
elevado de escolaridade (OR 4,79) e a faixa etária acima de 60 anos (OR 3,65) foram
associados ao aumento do sucesso do tratamento de TB. Não houve associaçao entre
a exposição e o desfecho do tratamento da tuberculose. Conclusões: Este estudo
tem um potencial de contribuir no debate de políticas sociais no controle da TB no
Brasil. São necessárias mais pesquisas para avaliar a contribuição das transferências
de renda junto a outros programas sociais na redução de desfechos desfavoráveis do
tratamento da T