Cronotopia em Contos do Modernismo Tardio Brasileiro

Abstract

A narrativa curta, também denominada conto, no contexto do modernismo tardio brasileiro, é o objeto de estudo deste trabalho. O conto possui uma caracterização própria, diferenciando-se de outras narrativas literárias naquilo que a teoria comumente denomina extensão ou, segundo Carlos Reis e Ana C. Lopes, uma modalidade de variação temporal da narrativa. Todos os elementos que marcam a diversidade deste tipo textual em relação às demais formas narrativas, tais como: brevidade, simplicidade constitutiva, linearidade, concentração de enredo, concentração cronotópica, densidade dramática, singularidade temática, intensidade, univocidade e univalência, estão, de certa maneira, ligados à extensão. A análise e a interpretação dos componentes tempo e espaço na formação do cronótopo são realizadas, nesta pesquisa, com vistas ao reconhecimento de um pathos que, acredita-se, fornece densidade à brevidade do conto moderno. As fontes de pesquisa para análise e interpretação dos contos centraram-se em estudiosos especializados em teoria e crítica literárias que examinaram as categorias temporais e espaciais e aqueles que consideraram o cronótopo no contexto da modernidade, no século XX. Além destes, filósofos e pensadores voltados para o estudo do tempo e do espaço, considerando as narrativas como foco. Palavras-chave: conto literário; cronotopia; pathos cronotópico; modernismo tardio brasileiro; contos de Clarice Lispector, Osman Lins e João Guimarães Rosa

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