thesis

Influência de Fatores Ambientais em Diferentes Escalas Espaciais Sobre a Distribuição de Simulídeos (diptera; Nematocera) em Córregos Tropicais

Abstract

Os simulídeos são insetos com ampla distribuição geográfica que cujos imaturos necessitam de ambientes lóticos para sobreviverem. Suas larvas vivem presas a diversos substratos como folhas, galhos, rochas submersas onde se alimentam de detritos e fitoplâncton, os quais são filtrados através de seus leques cefálicos. São conhecidos vulgarmente como piuns ou borrachudos, sendo que no Brasil são conhecidas 88 espécies. Os insetos adultos possuem hábito hematófago, sendo que algumas espécies têm preferência por sangue humano. O objetivo desse trabalho foi analisar quais os fatores são responsáveis pela distribuição espacial das espécies de simulídeos em córregos tropicais do estado do Espírito Santo, verificar se riqueza e a distribuição de espécies nas regiões de planícies e nas regiões de planalto são diferenciadas, bem como prover uma lista atualizada das espécies registradas para o estado. Foram realizadas 93 incursões em rios do Espírito Santo e as coletas foram realizadas por meio da catação manual e utilização de rede D. Os exemplares foram acondicionados em frascos contendo álcool 92.6% e posteriormente identificados ao nível de espécie em laboratório. Vinte e nove espécies de simulídeos foram coletadas, sendo 12 novos registros para o Estado e um também para a região Sudeste: Simulium scutistriatum, S. dinellii, S. exiguum, S. minusculum, S. distinctum, S. oyapockense s.l., S. rappae, S. botulibranchium, S. ochraceum, S. clavibranchium, Lutzsimulium hirticosta, S. lobatoi, S. pertinax, S. jujuyense, S. rubrithorax, S. travassosi, S. subnigrum, S. spinibranchium, S. anamariae, S. hirtipupa, S. lutzianum, S. nigrimanun, S. incrustatum, S. inaequale, S. subpallidum, S. perflavum, S. brachycladum, S. guianense e S. limbatum. A análise de correspondência destendenciada (DCA) apontou a formação de dois agrupamentos estatísticamente significantes. A variável altitude explica inversamente a riqueza, a abundância e a composição, já a largura explica a composição do eixo 1. Para a análise por espécies foi verificado que algumas respondem à velocidade (S. hirtipupa e S. pertinax), outras ao substrato (S. dinelli, S. hirtipupa, S. guianense e S. subpallidum), enquanto outras à altitude (S. dinelli, S.guianense e S. subpallidum)

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