A economia como objeto socialmente construído nas abordagens da teoria da regulação e da economia social de mercado: convergências e implicações antipositivistas
XX Encontro Nacional de Economia Política: desenvolvimento Latino-Americano, Integração e Inserção Internacional - UNILA, Foz do Iguaçu, 26 a 29 de maio de 2015Este artigo discute os argumentos ontológicos e epistemológicos
em defesa das especificidades dos fenômenos econômicos,
comparativamente aos fenômenos encontrados nos sistemas
inorgânico e orgânico. Sua posição epistemológica é antipositivista
e, consequentemente, antineoclássica, sustentando que a tentativa
de naturalizar os sistemas socioeconômicos, que marca a Economia,
desde os fi siocratas, tem contribuído para enfraquecer seu potencial
heurístico, preditivo e explicativo. A problemática é desenvolvida a
partir de uma análise comparativa entre as abordagens propostas pela
Teoria da Regulação e pela Economia Social de Mercado, explicitando
seus pontos de convergência e implicações teóricas. Ambas podem
ser integradas ao amplo e diversifi cado conjunto das correntes de
análise em que o conceito de instituição e a historicidade inerente
aos fenômenos econômicos tornam-se centrais para fundamentar
a economia como objeto social e politicamente construído. Seus
princípios teóricos e regularidades observadas não devem, portanto,
ser deduzidos de uma axiomática totalizante, apoiada unicamente na
racionalidade dos comportamentos individuais ou na pressuposição da
existência de leis invariantes, puramente econômicas e inescapáveisBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Usina Hidrelétrica de Itaipu (ITAIPU); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA