This paper is a contribution to IGCP 652 “Reading geological time in paleozoic sedimentary rocks” project.Abstract: The Devonian sedimentary record of the Ossa-Morena Zone is
scarce. In its southwestern domains, the Odivelas Limestone and correlatable
units represent the single evidence of latest Early Devonian to Middle
Devonian (possibly into Frasnian)sedimentation in this area. Reefal and perireefal sediments are frequently, but not always, associated to coeval volcanic
rocksthat probably supported atoll-like systems on the top of volcanic edifices.
The northernmost occurrences are spatially associated with mississippian
volcanic-sedimentary complexes. Their geometrical relation is still unclear,
the limestones are possibly embedded as olitoliths, but can also be tectonically
imbricated or simply reflecting draping of younger sediments around and
above older (Devonian) sea-bed topography.Resumo: O registo sedimentar Devónico da Zona de Ossa-Morena é
escasso. Durante o Devónico Inferior a sedimentação apresenta geralmente
um carácter siliciclástico, sendo que o Devónico Médio-Superior é
caracterizado pela presença de um hiato na sedimentação, interpretado
como resultante do início da Orogenia Varisca. Contudo, no Domínio BejaAracena surge um conjunto de ocorrências de unidades carbonatadas de
idade compreendida entre o Devónico Inferior terminal ao Devónico Médio
(estendendo-se possivelmente até ao Frasniano), nomeadamente os
Calcários de Odivelas e outras unidades correlacionáveis (Calcários da
Pena, Caerinha ou da Pedreira de Engenharia). Esta sedimentação
carbonatada, de natureza recifal a peri-recifal, encontra-se frequentemente
associada a rochas vulcânicas coevas da sedimentação que provavelmente
serviriam de suporte a uma estrutura do tipo atol que se terá desenvolvido
no topo dos edifícios vulcânicos. Este vulcanismo estaria relacionado com
o processo de subducção do Oceano paleozóico localizado no bordo sul da
Zona de Ossa-Morena, que teria já iniciado o seu levantamento, resultando
daí a ausência quase generalizada de sedimentação devónica. Contudo,
algumas das ocorrências setentrionais estão espacialmente associadas a
depósitos de natureza vulcano-sedimentar de idade mississíppica e não se
reconhece a associação com rochas vulcânicas coevas da sedimentação
carbonatada. A sua relação estratigráfica e geométrica com estes complexos
vulcano-sedimentares é dúbia, surgindo assim um conjunto de hipóteses:
os calcários foram remobilizados e depositados na bacia carbónica (olistólitos); encontram-se tectonicamente imbricados na sequência mississíppica;
ou simplesmente estão cobertos e rodeados por sedimentos mais recentes,
encontrando-se in situ sobre o substrato do Paleozóico inferior.info:eu-repo/semantics/publishedVersio