Regulação emocional em equipas ICE

Abstract

Dissertação de Mestrado apresentada no ISPA – Instituto Universitário para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia Social e das Organizações.Com o passar dos anos temos cada vez mais dado valor a investigações científicas em locais Isolados, Extremos e Confinados como o Espaço ou a Antártida. No entanto apesar do funcionamento de equipas ser um tema muito estudado em áreas como Psicologia e Sociologia, não há muita pesquisa sobre como equipas funcionam em ambientes ICE onde existem condições tão específicas, com condições de trabalho difíceis, perigosas e uma variedade de estressores que são muito desafiadores, fazendo assim que as pesquisas anteriormente feitas para equipas não se aplique de maneira exata a esse contexto. Sendo essencial haver estudos das equipas nesse contexto para que essas elas não sejam só mais eficientes e funcionais, mas para evitar sequelas psicológicas para os indivíduos dentro dessas equipas. Com o objetivo de contribuir para essas pesquisas, esta tese procurou entender como a Regulação Emocional foi realizada, tanto a nível individual como de equipa com oito indivíduos que já participaram de missões na Antártida. O método utilizado foi qualitativo, com entrevistas realizadas por Zoom e análise das mesmas utilizando o programa MaxQDA e tabelas tanto para comparar como analisar os conteúdos das entrevistas. Os dados encontrados foram muito variados entre indivíduos, mas também há concordâncias em alguns aspetos. Em termos de melhorar os afetos um dos mais usados é comunicar e colaborar com outros. Já do lado de piorar os afetos o confronto direto. A nível individual algumas das estratégias usadas para regular emoções foi conversar evitar pensar sobre o problema, fazer algo prazeroso, reavaliação dos sentimentos, desabafar sobre seus sentimentos e procurar ajuda ou conforto de outros. Apesar de ser dados interessantes para contribuir para a pesquisa é essencial haver estudos mais aprofundados e de mais longa duração para poder entender como equipas nesses ambientes funcionam e melhorar seu desempenho.Over the years, we have increasingly valued scientific research in isolated, extreme and confined places such as space or Antarctica. However, although the functioning of teams is a widely studied topic in areas such as Psychology and Sociology, there is not much research on how teams work in ICE environments where there are such specific conditions, with very difficult working conditions, dangers and a variety of stressors, making it so that research previously done for teams does not apply exactly in this context. It is essential to have more studies focus in these teams so that they are not only more efficient and functional, but also to avoid psychological consequences for individuals within those teams. In order to contribute to these researches, this thesis sought to understand how Emotional Regulation was carried out, both individually and as a team with eight individuals who have already participated in missions in Antarctica. The method used was qualitative, with interviews carried out by zoom and analysis of them using the MaxQDA program and tables to compare the contents of the interviews. The data found were very varied between individuals, but there are also concordances in some aspects. In terms of improving affections one of the most used is to communicate and collaborate with others. Already on the side of worsening the direct confrontation affects. At the individual level, some of the strategies used to regulate emotions were talking, avoiding thinking about the problem, doing something pleasurable, reassessing feelings, venting about your feelings and seeking help or comfort from others

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