Dissertação de Mestrado
apresentada no ISPA – Instituto Universitário
para obtenção do grau de Mestre em
especialidade de Psicologia Social e das
OrganizaçõesA literatura demonstra que a auto-estima beneficia da prática de actividade física mas
tambem que o nível de auto-objetificação e o género podem moderar este efeito, e até minar o
efeito positivo da actividade física na auto-estima.
Este estudo procurou confirmar a associação positiva entre actividade física e autoestima,
clarificar de que forma a auto-objectificação influencia esta relação e por fim, explorar
o efeito moderador e diferenciador do género nestas relações.
Incidindo sobre uma amostra de 98 participantes da população maioritariamente
Portuguesa e utilizando como instrumentos a escala de actividade de lazer, o questionário de
auto-objectificação, a escala de auto-estima geral e a escala de auto-percepção física,
hipotizou-se uma relação postiva entre auto-estima física e prática de actividade física, uma
moderação desta relação pelo nível de auto-objectificação individual, e por fim que o género
dos índividuos vai moderar esta moderação (Moderação Moderada).
A relação positiva entre auto-estima física e actividade física foi encontrada mas não
para auto-estima geral. A auto-objectificação encontrou-se negativamente correlacionada com
a auto-estima física, de maneira marginalmente significativa, e também encontrada como
moderadora da relação positiva entre actividade física e auto-estima física.
Apesar da hipótese referente ao género como variável moderadora não ter obtido
suporte estatístico significativo foi encontrada uma tendência da interação do género com a
auto-objetificação como variáveis moderadoras