Infecções Respiratórias por Influenza: Reflexões para a ausência de um diagnóstico

Abstract

Introdução: O vírus influenza afecta anualmente 10 a 40% das crianças e destas 0,5 a 1% vão necessitar de internamento. Ao averiguar a prevalência desta infecção no internamento do Hospital Dona Estefânia, entre Janeiro de 2004 e Junho de 2006, constatámos a existência de apenas nove casos diagnosticados. Objectivos: Determinar as causas da escassez do número de diagnósticos de infecções pelo vírus influenza. Materiais e Métodos: Para alcançar o objectivo deste estudo foram consideradas as seguintes hipóteses: 1) baixa incidência de gripe sazonal no período considerado 2) insuficiência do número de pedidos para pesquisa do vírus pelo corpo clínico 3) baixa identificação por procedimentos técnicos incorrectos. Foram analisados os pedidos de pesquisa de vírus respiratórios e realizado um inquérito ao corpo clínico e enfermagem sobre os procedimentos técnicos de diagnóstico. Os dados foram completados através de consulta de processos clínicos. O diagnóstico laboratorial foi realizado por técnica de imunofluorescência indirecta (Kit VRK®, Bartels). Resultados: Após exclusão de várias hipóteses identificámos procedimentos técnicos incorrectos na metodologia do diagnóstico utilizada, condicionando uma baixa taxa de identificação vírus respiratórios - 23% (276 resultados positivos em 1231 amostras). Comentários: O diagnóstico da gripe contribui para o controle da morbilidade e mortalidade desta infecção. Para que este processo seja efectivo é essencial que os profissionais de saúde sigam rigorosamente os procedimentos que conduzem a um correcto diagnóstico da doença. O insuficiente número de casos detectados no nosso estudo proporcionou-nos uma reflexão sobre a metodologia empregue para que, futuramente, se possa maximizar o número de diagnósticos de infecções respiratórias pelo vírus influenza.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

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