Promoção da inteligência emocional, através do trabalho colaborativo, num caso de perturbação do espetro do autismo

Abstract

A mudança de pensamentos nas escolas e na sociedade para fomentar a inclusão das crianças com Perturbação do Espetro do Autismo, gerou uma preocupação sobre as emoções e as interações. Consequentemente, começam a surgir atividades promotoras destas necessidades, estando presentes em estratégias dos educadores para aumentar o reconhecimento das emoções, as interações e a autorregulação na criança. No documento, apresenta-se uma revisão da literatura sobre as competências socioemocionais na Educação Pré-Escolar, em paralelismo com a Perturbação do Espetro do Autismo, e a importância dos grupos heterogéneos como elemento promotor destas aprendizagens. Posteriormente, é realizada uma caracterização do colégio, no qual o projeto foi desenvolvido, e da criança com quem foi implementado. De seguida, é apresentado o projeto que decorreu ao longo de onze sessões, com um grupo de cinco crianças, entre os 4 e os 6 anos, tendo uma delas a Perturbação do Espetro do Autismo. As sessões permitiam desenvolver a autorregulação e promover as competências socioemocionais através do trabalho colaborativo com os pares. Assim, pode-se concluir que o trabalho colaborativo entre grupos heterogéneos, nas crianças com Perturbação do Espetro do Autismo, permite níveis de interação diversificados e correspondem aos diferentes graus cognitivos da criança. Contudo, a aposta nestas estratégias é reduzida, quer pela falta de formação dos profissionais, quer pela incerteza dos familiares face às capacidades da criança com a referida patologia. Estas conclusões evidenciam a importância das competências socioemocionais, da autorregulação de crianças com a Perturbação do Espetro do Autismo e da entreajuda entre crianças na promoção da qualidade de aprendizagens destas dificuldades

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